BOSSA ENTRE AMIGOS
Patrícia Alvi / Roberto Menescal / Marcos Valle / Wanda Sá (2001)
2001
Albatroz
3306360-2
Crítica
Cotação:
Bossa Entre Amigos é apenas mais um disco de bossa nova, no que isso carrega de bom e de ruim. Wanda, Menescal e Valle têm carregado este show há um bom tempo Brasil afora, com um repertório de clássicos da bossa num esquema intimista e econômico. Aí vem a cruel mas inevitável dualidade. Os veteranos têm dignidade e estofo histórico suficiente para fazer um ótimo show (aqui registrado ao vivo, em local e ocasião infelizmente omitidos no encarte). Só que igualmente grande é a sensação de redundância, ao se reouvir pela enésima vez O Barquinho, Preciso Aprender a Ser Só ou Samba de Verão. A coisa se complica mais ainda com os arranjos cool, mas sem novidade alguma, pendendo mais para sonzinho-de-happy-hour-em-barzinho do que para alguma renovação estética. Ou seja: ainda que irrepreensível - como um digno comeback e como demonstração de vitalidade da trinca de artistas – não chega a ser um álbum verdadeiramente memorável.
As canções se sucedem num contínuo agradável. Momentos mais suaves e delicados (Ah! Se Eu Pudesse, Você, Preciso Aprender a Ser Só) se alternam a outros mais uptempo (Telefone, Seu Encanto, Você e Eu, A Rã). Os três astros estão em ótima forma, com destaque para a performance de Wanda Sá, cantora impecável. Dedicando-se aqui à guitarra, Menescal capricha nas ambiências e nos acordes jazzísticos, levemente dissonantes. E Valle completa os espaços nos teclados, que soam melhor quando optam por timbres mais humanos (como o piano que abre Viola Enluarada, talvez o mais belo momento do disco, com o arranjo encorpado por violino e cello). Apesar das várias obviedades incluídas no repertório, valem os resgates de uma ou outra canção menos conhecidas do cânone bossanovístico, como a bela Vagamente ou Seu Encanto. (Marco Antonio Barbosa)
As canções se sucedem num contínuo agradável. Momentos mais suaves e delicados (Ah! Se Eu Pudesse, Você, Preciso Aprender a Ser Só) se alternam a outros mais uptempo (Telefone, Seu Encanto, Você e Eu, A Rã). Os três astros estão em ótima forma, com destaque para a performance de Wanda Sá, cantora impecável. Dedicando-se aqui à guitarra, Menescal capricha nas ambiências e nos acordes jazzísticos, levemente dissonantes. E Valle completa os espaços nos teclados, que soam melhor quando optam por timbres mais humanos (como o piano que abre Viola Enluarada, talvez o mais belo momento do disco, com o arranjo encorpado por violino e cello). Apesar das várias obviedades incluídas no repertório, valem os resgates de uma ou outra canção menos conhecidas do cânone bossanovístico, como a bela Vagamente ou Seu Encanto. (Marco Antonio Barbosa)
Faixas
Ah! Se eu pudesse (Roberto Menescal - Ronaldo Bôscoli)
Você (Roberto Menescal - Ronaldo Bôscoli)
Preciso aprender a ser só (Marcos Valle - Paulo Sérgio Vale)