Wanda Sá

Fã de primeira hora da bossa nova, Wanda Sá, uma paulista convertida a carioca desde a mais tenra idade, matriculou-se aos 13 anos na academia de violão de Roberto Menescal. Descoberta por Ronaldo Bôscoli, participou de programas de televisão como Dois no Balanço (TV Excelsior) e O Fino da Bossa (TV Record). Aos 19 anos, lançou "Inútil Paisagem" (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira). Neste primeiro disco, "Wanda Vagamente" (1964), produzido por Menescal, apareceu em todas as estações de rádio com "Vagamente" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli). Poucos meses depois, partiu com o Brasil 65, grupo de Sérgio Mendes que tinha ainda Jorge Ben e Rosinha de Valença, para apresentar-se no circuito universitário dos Estados Unidos. Cantou numa boate em Los Angeles e foi vista por Dave Cavanaugh, produtor de Nat King Cole e Frank Sinatra. Wanda pulou das mãos de Sérgio para as de Cavanaugh e gravou três discos nos Estados Unidos, dois com a Brasil 65 e o solo, "Softly". Na volta ao Brasil, fez shows com Baden Powell, Vinicius de Moraes, Mièle e Luis Carlos Vinhas e o Bossa 3. Em 1969, gravou com Paul Desmond em seu disco "Hot Summer", em Nova Iorque. Foi casada durante 12 anos com Edu Lobo, tempo em que dedicou-se mais a ser mãe e a dar aulas de violão do que a cantar. No fim dos anos 80, reencontrou profissionalmente o ex-professor de violão Roberto Menescal, voltou à cena artística. Além de shows ao lado de Menescal e Mièle, gravou em 1994 o disco "Brasileiras", ao lado de Celia Vaz. No ano seguinte lançou "Eu e a Música" com Menescal. "Wanda Vagamente" vem fazendo sucesso no Japão e chegou ao segundo lugar na parada de world music. Fez shows em homenagem a Tom Jobim, Vinicius de Moraes, e cantou ao lado de diversos músicos. Apresentou-se em Angola numa caravana de 36 artistas, entre eles Chico Buarque e Djavan. Paralelamente, enveredou pelos cânticos religiosos e participou de shows como Jesusmania, no Morro da Urca, em 1986.