SAMBALOCO - ESPIRITUAL DRUM 'N' BASS - VOL.1
Loop B / Vários Intérpretes / Fernanda Porto / Anvil FX / DJ Marky / XRS Land / Drumagick / DJ Patife (2001)
Crítica
Cotação:
Se o drum'n'bass é o gênero preferido por nove entre dez artistas do cenário eletrônico brasileiro, o selo Sambaloco é a toca por excelência desta rapaziada. Esta compilação dupla inclui praticamente todo o cast da gravadora e por tabela funciona como um who's who do d'n'b nacional. Não é difícil sacar porque o gênero caiu tanto no gosto dos produtores nacionais. Com forte ênfase no ritmo e tendo elementos mais melódicos que o techno tradicional, o drum'n'bass pode ser uma festa para os remixadores brazucas, que aproveitam as brechas para inserir - ainda que de forma sugerida - a malemolência de nossa música. A coletânea mostra bem a cara desta cena, com seus altos e baixos de criatividade e as inúmeras variações possíveis em torno de um som que - para quem não presta a atenção devida - pode parecer repetitivo e sem alma. Injustiça.
O generoso formato dado ao álbum (23 faixas, quase todas ultrapassando os seis minutos de duração) e a homogeneidade sonora podem cansar os néofitos no drum'n'bass. Mas nas entrelinhas de Sambaloco Espiritual pode-se notar a riqueza e a inventividade dos melhores nomes que o Brasil tem no gênero. O internacional DJ Marky capricha e obtém um resultado mais funky que a média (sampleando uma guitarra do mago George Clinton) em Tudo. No setor "sotaque brasileiro", ninguém supera o XRS Land, que faz de sua Caionagandaia uma das melhores do álbum - com sua percussão abrasileirada e inegável suingue e o vocal de Fernanda Porto "caindo" muito bem. DJ Will e Patife introduzem suingue jazzistico, respectivamente em A Cidade Parou e The Vibes; ainda em uma onda menos frenética, a melódica e climática Karen (do Cosmonautics) chega cheia de soul, com direito a violão entremeado aos beats desacelerados. Partindo para o terreno "tudo ao mesmo tempo", O Discurso faz duas das mais interessantes do disco. Primeiro, digere rock'n'roll e devolve um quase jungle (em Mr.Pharmacist); depois mistura acústico e sampleado em Sertão, incorporando fraseados de viola caipira.(Marco Antonio Barbosa)
O generoso formato dado ao álbum (23 faixas, quase todas ultrapassando os seis minutos de duração) e a homogeneidade sonora podem cansar os néofitos no drum'n'bass. Mas nas entrelinhas de Sambaloco Espiritual pode-se notar a riqueza e a inventividade dos melhores nomes que o Brasil tem no gênero. O internacional DJ Marky capricha e obtém um resultado mais funky que a média (sampleando uma guitarra do mago George Clinton) em Tudo. No setor "sotaque brasileiro", ninguém supera o XRS Land, que faz de sua Caionagandaia uma das melhores do álbum - com sua percussão abrasileirada e inegável suingue e o vocal de Fernanda Porto "caindo" muito bem. DJ Will e Patife introduzem suingue jazzistico, respectivamente em A Cidade Parou e The Vibes; ainda em uma onda menos frenética, a melódica e climática Karen (do Cosmonautics) chega cheia de soul, com direito a violão entremeado aos beats desacelerados. Partindo para o terreno "tudo ao mesmo tempo", O Discurso faz duas das mais interessantes do disco. Primeiro, digere rock'n'roll e devolve um quase jungle (em Mr.Pharmacist); depois mistura acústico e sampleado em Sertão, incorporando fraseados de viola caipira.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas
DISCO 1
DISCO 2