SUPERFLY
SuperFly (2001)
Crítica
Cotação:
E a cornucópia de filhotes do casal Raimundos/Charlie Brown Jr. pariu mais um filhote, desta vez na Bahia. O quarteto Superfly é mais um dos inúmeros grupos surgidos nos últimos anos a tentar, sem muito foco, dar um sotaque brasileiro ao rock pesado, mas sempre com a preocupação de ater-se a um formato radiofônico. Como em vários outros casos, o grupo falha em dizer a que realmente veio, ficando quase sempre perdido em uma selva de clones mais ou menos radicais. Talvez tenha faltado maturidade à banda - que chega ao primeiro CD após uma carreira de pouco menos de dois anos.
Tirando o berimbau na abertura de Se Entra na Roda e um discreto trabalho de percussão em Cortejando Iemanjá, não sobra muito das raízes baianas dos integrantes no som do Superfly. Acabam lembrando muito os Raimundos - não só pelo som, mas também pelo radicalismo adolescente e inconseqüente. Essa porção nervosinha pode ser ouvida na na faixa de trabalho Transeira, em Junk, Meu Rei (esta com os palavrões gratuitos de praxe) e também na "caipira" Saia Desse Mato. Ticonectá e Olha a Violência evidenciam a influência do rock pesado e funkeado do Charlie Brown Jr. Ou possivelmente das matrizes do mesmo CBJR., em grupos americanos como Red Hot Chilli Peppers. Eventualmente saltam aos ouvidos uns poucos detalhes mais pessoais, como o arranjo bem cuidado de Imperfeito, com guitarras dedilhadas e vocais menos raivosos. Outra boa incursão em um idioma mais pop é Blues da Escola, movida a violões - a mesma música tem outra versão, mais encorpada, que fecha o disco. Passagem, com bela melodia levada só com voz e guitarra, é uma esperta opção ao peso bate-cabeça que predomina no disco. (Marco Antonio Barbosa)
Tirando o berimbau na abertura de Se Entra na Roda e um discreto trabalho de percussão em Cortejando Iemanjá, não sobra muito das raízes baianas dos integrantes no som do Superfly. Acabam lembrando muito os Raimundos - não só pelo som, mas também pelo radicalismo adolescente e inconseqüente. Essa porção nervosinha pode ser ouvida na na faixa de trabalho Transeira, em Junk, Meu Rei (esta com os palavrões gratuitos de praxe) e também na "caipira" Saia Desse Mato. Ticonectá e Olha a Violência evidenciam a influência do rock pesado e funkeado do Charlie Brown Jr. Ou possivelmente das matrizes do mesmo CBJR., em grupos americanos como Red Hot Chilli Peppers. Eventualmente saltam aos ouvidos uns poucos detalhes mais pessoais, como o arranjo bem cuidado de Imperfeito, com guitarras dedilhadas e vocais menos raivosos. Outra boa incursão em um idioma mais pop é Blues da Escola, movida a violões - a mesma música tem outra versão, mais encorpada, que fecha o disco. Passagem, com bela melodia levada só com voz e guitarra, é uma esperta opção ao peso bate-cabeça que predomina no disco. (Marco Antonio Barbosa)
Faixas