SWING & SAMBA-ROCK
Clube do Balanço / Wilson Simoninha / Max de Castro / Seu Jorge (2001)
2001
Regata
325912001682
Crítica
Cotação:
Marco Mattoli quer fazer de seu Clube do Balanço uma verdadeira enciclopédia do samba-rock. A julgar pelo que se ouve no álbum de estréia do grupo, o guitarrista e cantor pode ficar tranqüilo. A missão está cumprida. Com rigor de arqueólogos, o combo (são pelo menos dez membros fixos e mais um monte de participações) liderado por Mattoli escarafuncha o melhor da produção suingueira nacional do fim dos anos 60/ começo dos 70. Swing & Samba-rock é assim: intencional e deliciosamente datadão. Mas suingue do bom não envelhece nunca. Nesta onipresente onda de resgate do samba-rock, bem que este álbum poderia servir como um literal - e muito bem feito - compêndio, um guia para ensinar a quem não conheceu os sons na fonte.
O forte mesmo do álbum é o resgate de pérolas do samba-rock ,em puríssimos teores. Praticamente todos os compositores que fizeram a história do gênero (Ben, Bebeto, Marku Ribas, Luís Vagner, Bedeu) são recuperados no álbum, com uma malandragem mais do que adequada - e arranjos enfatizando os metais, dando um tom gafieirístico ao conjunto. Paz e Arroz, Só Vejo a Criola, Saudade de Jackson do Pandeiro e Falso Amor - todas essas ficaram ótimas, mantendo intocada a essência do suingue. O Clube engata um balancê do bom logo na abertura, com Palladiun (número instrumental composto por Ed Lincoln e Orlanndivo). Outra instrumental, o standard Tequila, ganha versão carregada na metaleira para fechar o álbum. Mattoli, que assina apenas duas faixas do disco, poderia se exercitar mais como compositor. É dele Aeroporto, uma das melhores do CD - com seu violão totalmente esquema novo e seu balanço sutil, insidioso. O chefe do Clube também divide com Luís Vagner Trilha Guitarreira.
A "sessão confraternização" do álbum é pródiga, tendo como estrela maior Erasmo Carlos - reconciliando-se com sua veia black, ao cantar a sua Mané João (de 1972), de maneira bem cool. Da mesma safra suingueira do Tremendão, o Clube regravou Coqueiro Verde, também em clima de gafieira, cantada por Tereza Gama. Marku Ribas faz dueto com Paula Lima em Zamba Ben; Bebeto resgata sua Só Vejo a Criola, e Luís Vagner ressurge em várias faixas, cantando e tocando guitarra. Da nova dinastia, Simoninha, Max de Castro, Seu Jorge e Ivo Meirelles dão as caras. (Marco Antonio Barbosa)
O forte mesmo do álbum é o resgate de pérolas do samba-rock ,em puríssimos teores. Praticamente todos os compositores que fizeram a história do gênero (Ben, Bebeto, Marku Ribas, Luís Vagner, Bedeu) são recuperados no álbum, com uma malandragem mais do que adequada - e arranjos enfatizando os metais, dando um tom gafieirístico ao conjunto. Paz e Arroz, Só Vejo a Criola, Saudade de Jackson do Pandeiro e Falso Amor - todas essas ficaram ótimas, mantendo intocada a essência do suingue. O Clube engata um balancê do bom logo na abertura, com Palladiun (número instrumental composto por Ed Lincoln e Orlanndivo). Outra instrumental, o standard Tequila, ganha versão carregada na metaleira para fechar o álbum. Mattoli, que assina apenas duas faixas do disco, poderia se exercitar mais como compositor. É dele Aeroporto, uma das melhores do CD - com seu violão totalmente esquema novo e seu balanço sutil, insidioso. O chefe do Clube também divide com Luís Vagner Trilha Guitarreira.
A "sessão confraternização" do álbum é pródiga, tendo como estrela maior Erasmo Carlos - reconciliando-se com sua veia black, ao cantar a sua Mané João (de 1972), de maneira bem cool. Da mesma safra suingueira do Tremendão, o Clube regravou Coqueiro Verde, também em clima de gafieira, cantada por Tereza Gama. Marku Ribas faz dueto com Paula Lima em Zamba Ben; Bebeto resgata sua Só Vejo a Criola, e Luís Vagner ressurge em várias faixas, cantando e tocando guitarra. Da nova dinastia, Simoninha, Max de Castro, Seu Jorge e Ivo Meirelles dão as caras. (Marco Antonio Barbosa)
Faixas