TRILHAS BRASILEIRAS
Alberto Rosenblit (2001)
Crítica
Cotação:
Alberto Rosenblit tomou coragem, juntou as economias de dez anos e partiu para gravar um disco. Não um disco comum, ele ao piano, acompanhado de trio ou quarteto, interpretando temas de seus ídolos Tom Jobim, Villa-Lobos, Edu Lobo, Gershwin, John Williams e outros mestres da trilhas sonoras. O jovem maestro e compositor, que completará 47 anos em outubro próximo, não fez por menos: selecionou dez temas seus para gravá-los com orquestra. Isso mesmo, naipes de sopros e cordas que produzissem som acústico de cuja pureza, até então, seus teclados jamais conseguiram chegar perto.
O que há de excepcional nisso? Em primeiro lugar, o CD de estréia de Rosenblit (ex-Banda de Lá, ex-Céu da Boca, ex-aluno de Wilma Graça, Ester Scliar, Ian Guest, Odette Ernest Dias, Luiz Eça, parceiro de Mário Adnet num LP de 1980, autor de trilhas para a Rede Globo) enquadra-se perfeitamente num momento (que, se espera, durará muito) de reabilitação do som orquestral no Brasil. Exemplos não faltam, vide o recente Ouro Negro, de Moacir Santos, e os cantores que vêm recorrendo a Chiquinho de Moraes, Leandro Braga, Cristóvão Bastos e outros arranjadores para enriquecerem seus discos com sopros e cordas. Outro ponto a ressaltar: Rosenblit é ótimo compositor, embora tenha custado a se convencer disso. Ele lembra que a idéia do disco nasceu em 1999, quando, ao rever o que vinha fazendo, chegou à conclusão de que nada prestava. Suas músicas, todas, eram feitas e arranjadas nos teclados.
Os temas que Rosenblit gravou são todos inéditos. E feitos para algo ou alguém: Vargem Grande, por exemplo, é para a Mata Atlântica ("Sou um matatlanticomaníco", confessa); Domingo é para a mãe Clara, professora de piano que o iniciou; Na Rua Sol Maior, para Wilma Graça; Gershwiniana, para Vittor Santos (cujo trombone é ouvido nele e na faixa de abertura); Os meninos, para os filhos David e Nina; Saudade da Roseira, para Tom Jobim, o título inspirado em Saudades do Brasil e Chovendo na Roseira; Happy End é um tributo ao cinema, uma das paixões de Rosenblit. O CD de estréia tem a categoria que Rosenblit via nos trabalhos daqueles seus ídolos. E uma respeitável equipe de músicos, o piano do próprio cercado por 15 violinos, violas, violoncelos, três violões e contrabaixo, três trompetes, quatro trombones, três flautas, sax e clarinete, fagote, oboé, trompa, vibrafone, bateria e percussão. (João Máximo)
O que há de excepcional nisso? Em primeiro lugar, o CD de estréia de Rosenblit (ex-Banda de Lá, ex-Céu da Boca, ex-aluno de Wilma Graça, Ester Scliar, Ian Guest, Odette Ernest Dias, Luiz Eça, parceiro de Mário Adnet num LP de 1980, autor de trilhas para a Rede Globo) enquadra-se perfeitamente num momento (que, se espera, durará muito) de reabilitação do som orquestral no Brasil. Exemplos não faltam, vide o recente Ouro Negro, de Moacir Santos, e os cantores que vêm recorrendo a Chiquinho de Moraes, Leandro Braga, Cristóvão Bastos e outros arranjadores para enriquecerem seus discos com sopros e cordas. Outro ponto a ressaltar: Rosenblit é ótimo compositor, embora tenha custado a se convencer disso. Ele lembra que a idéia do disco nasceu em 1999, quando, ao rever o que vinha fazendo, chegou à conclusão de que nada prestava. Suas músicas, todas, eram feitas e arranjadas nos teclados.
Os temas que Rosenblit gravou são todos inéditos. E feitos para algo ou alguém: Vargem Grande, por exemplo, é para a Mata Atlântica ("Sou um matatlanticomaníco", confessa); Domingo é para a mãe Clara, professora de piano que o iniciou; Na Rua Sol Maior, para Wilma Graça; Gershwiniana, para Vittor Santos (cujo trombone é ouvido nele e na faixa de abertura); Os meninos, para os filhos David e Nina; Saudade da Roseira, para Tom Jobim, o título inspirado em Saudades do Brasil e Chovendo na Roseira; Happy End é um tributo ao cinema, uma das paixões de Rosenblit. O CD de estréia tem a categoria que Rosenblit via nos trabalhos daqueles seus ídolos. E uma respeitável equipe de músicos, o piano do próprio cercado por 15 violinos, violas, violoncelos, três violões e contrabaixo, três trompetes, quatro trombones, três flautas, sax e clarinete, fagote, oboé, trompa, vibrafone, bateria e percussão. (João Máximo)
Faixas

