UM BANQUINHO, UM VIOLÃO... - TAVYNHO BONFÁ
Tavynho Bonfá (2001)
Crítica
Cotação:
Na seqüência da série Um Banquinho Um Violão..., já responsável por um bom álbum de Daniel Gonzaga, a bola da vez é Tavynho Bonfá. Filho de Luiz Bonfá, o cantor e compositor prefere não arriscar muito e lança um álbum despretensioso, feito para agradar mesmo. O que não chega a ser demérito. Baseando-se em canções bastante conhecidas, Tavinho solta sua voz suave num CD que deixa-se ouvir sem traumas. O formato obrigatoriamente econômico da instrumentação (uma exigência em toda a série Um Banquinho) deixa tudo um tanto homogêneo demais, com cara de sonzinho para happy hour. Mesmo sendo injusto cobrar muito além disso de um trabalho tão low profile, Tavynho tenta deixar sua marca em algumas das canções, e às vezes até consegue.
Nuances interessantes são realçadas pelo cantor e seu grupo (que inclui os excelentes Jamil Joanes e Sidão Pires) em Menino do Rio e A Felicidade, ambas de levada levemente jazzística. Outra possível quebrada para o samba-jazz se ouve em Samba do Avião, ainda que esta tenha ficado mais quadradinha. A pop Clarear - hit com o Roupa Nova e composta pelo próprio Tavynho, para quem não sabe - virou uma quase-bossa. E como intérprete, ele surpreende em Quem Te Viu, Quem Te Vê, emprestando dicção quase joãogilbertiana ao clássico samba de Chico Buarque.(Marco Antonio Barbosa)
Nuances interessantes são realçadas pelo cantor e seu grupo (que inclui os excelentes Jamil Joanes e Sidão Pires) em Menino do Rio e A Felicidade, ambas de levada levemente jazzística. Outra possível quebrada para o samba-jazz se ouve em Samba do Avião, ainda que esta tenha ficado mais quadradinha. A pop Clarear - hit com o Roupa Nova e composta pelo próprio Tavynho, para quem não sabe - virou uma quase-bossa. E como intérprete, ele surpreende em Quem Te Viu, Quem Te Vê, emprestando dicção quase joãogilbertiana ao clássico samba de Chico Buarque.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas