UM BARZINHO, UM VIOLÃO - AO VIVO
Vários Intérpretes (2001)
2001
Globo Universal
0440016610 2
Crítica
Cotação:
Esse projeto tem toda a pinta de disquinho cara-de-pau, para faturar alguns cobres sem muito gasto nem preocupações criativas. Funciona assim: junta-se um grupo de figurões (e algumas figurinhas), pega-se um repertório mais do que manjado (segundo a gravadora, selecionado entre 700 músicas cantadas em bares Brasil afora), afinam-se burocráticos arranjos semi-acústicos atrás e vamo-que-vamo. É picareta, claro, mas também não se pode se negar uma certa simpatia. (Quase) todas são músicas muito boas, e os intérpretes de um modo geral conseguiram manter-se ao nível da dignidade. No cômputo geral, o negócio ficou a contento. Pode-se reclamar de algumas canções excessivamente batidas no inconsciente popular - ué, mas a intenção não era essa mesmo? - mas ao menos essa galera aqui tem muito mais categoria do que a grande maioria dos artistas que torturam nossos ouvidos em bares, churrascarias e praças de alimentação de shoppings.
As escolhas mais óbvias acabaram redundando em faixas menos inspiradas. Caso de Não Chores Mais, que soa banal apesar da boa interpretação de Sandra de Sá , ou O Bêbado e a Equilibrista, levada com brio - mas sem brilho - por Carla Cristina. Quem tinha bom material nas mãos precisou apenas fazer o que já sabia. Azul da Cor do Mar (Ed Motta), Caminhos Cruzados (João Bosco) e Toquinho recriando sua própria Que Maravilha se enquadram neste perfil. Na mesma onda, sem inventar muito mas com classe, estão Simone & Toquinho (Samba de Orly) e Leila Pinheiro & Roberto Menescal (Oceano). Esdrúxulo mesmo é a turma do pop-rock, nitidamente deslocada. O Biquíni Cavadão ainda injeta algum vigor em Sobradinho, mas os Engenheiros do Hawaii e (especialmente) o Kid Abelha ficam mesmo na categoria dos equívocos.(Nenhum)
As escolhas mais óbvias acabaram redundando em faixas menos inspiradas. Caso de Não Chores Mais, que soa banal apesar da boa interpretação de Sandra de Sá , ou O Bêbado e a Equilibrista, levada com brio - mas sem brilho - por Carla Cristina. Quem tinha bom material nas mãos precisou apenas fazer o que já sabia. Azul da Cor do Mar (Ed Motta), Caminhos Cruzados (João Bosco) e Toquinho recriando sua própria Que Maravilha se enquadram neste perfil. Na mesma onda, sem inventar muito mas com classe, estão Simone & Toquinho (Samba de Orly) e Leila Pinheiro & Roberto Menescal (Oceano). Esdrúxulo mesmo é a turma do pop-rock, nitidamente deslocada. O Biquíni Cavadão ainda injeta algum vigor em Sobradinho, mas os Engenheiros do Hawaii e (especialmente) o Kid Abelha ficam mesmo na categoria dos equívocos.(Nenhum)
Faixas