Uma Geral
Acid X (2003)
2003
ST2 Records
Crítica
Cotação:
Acid jazz. Esteve na moda por algum tempo, no começo dos anos 90. Passou, foi esquecido, praticamente não deixou rastros no pop-rock brasileiro. Eis que, na alvorada do novo milênio, surge um grupo carioca querendo resgatar, no nome e na sonoridade, a sofisticação e o suingue do jazz ácido. O resultado - Uma Geral, primeiro álbum do Acid X – não apenas convence, como ultrapassa as possíveis limitações do estilo auto-assumido pela banda. Helena Cutter (voz), André Valle (guitarra), Kim Pereira (bateria) e Ciro Cruz (baixo), que começaram a carreira reinterpretando músicas dos Beatles, deram um bom primeiro passo. Usando o acid jazz (que, a grosso modo, pode-se definir como uma atualização da fluidez do jazz sob a ótica da moderna e dançante música negra) como base, o quarteto carioca lasca um trabalho elegante, dançável e bem-produzido – qualidades ariscas no atual panorama.
Ao acid jazz dos primórdios, juntaram-se pitadas de latinidade, uma influência mais marcante do rock convencional e intromissões vindas da eletrônica (especialmente o trip hop). Impossível evitar o adjetivo: cool. A voz de Helena evita arroubos interpretativos e se encaixa bem com a sutileza dos arranjos, que evitam os clichês e excessos. Os detalhes que surgem aqui e ali (as programações de Para Tudo, ou o violino de 40 Dias) caem bem e não destoam. O repertório, bem homogêneo, não dá margem a destaques maiores. Vale a pena notar a inclusão de uma faixa do sumido Nei Lisboa (obsessão do produtor da banda, Mario Marques), Schultznietsin Is Down e a faixa-título, primeira composição da nova fase do grupo e que resume bem a sonoridade que o quarteto persegue. (Marco Antonio Barbosa)
Ao acid jazz dos primórdios, juntaram-se pitadas de latinidade, uma influência mais marcante do rock convencional e intromissões vindas da eletrônica (especialmente o trip hop). Impossível evitar o adjetivo: cool. A voz de Helena evita arroubos interpretativos e se encaixa bem com a sutileza dos arranjos, que evitam os clichês e excessos. Os detalhes que surgem aqui e ali (as programações de Para Tudo, ou o violino de 40 Dias) caem bem e não destoam. O repertório, bem homogêneo, não dá margem a destaques maiores. Vale a pena notar a inclusão de uma faixa do sumido Nei Lisboa (obsessão do produtor da banda, Mario Marques), Schultznietsin Is Down e a faixa-título, primeira composição da nova fase do grupo e que resume bem a sonoridade que o quarteto persegue. (Marco Antonio Barbosa)
Faixas