VIVA!
Anna Toledo (2001)
Crítica
Cotação:
O release da gravadora Dabliú apresenta Anna Toledo como tendo sido "apontada pela crítica especializada como a grande revelação da música paranaense". Será mesmo? Escolada no circuito dos bares com música ao vivo em Curitiba, Anna estréia em disco com um álbum bem cuidado, que junta canções escritas por ela mesma a obras de autores ainda não consagrados e um ou outro clássico da MPB. Como grande mérito de Viva! está o entrosamento entre a voz de Anna e os arranjos (em grande parte assinados por ela) - todos econômicos e sutis, quase 100% acústicos. Bem afinada e com voz de boa extensão, Anna só precisa de maior ousadia na hora de recriar canções alheias: a busca de uma personalidade própria também passa pelo rasgar do protocolo. Fica faltando um tchan que a faça saltar entre as "trezenas" de cantoras/compositoras que inundam as lojas de discos.
O disco foi gravado ao vivo, mas a não ser por rápidas palmas ao fim de cada canção, mal dá para se notar. A opção pela estréia com um álbum ao vivo pode ser creditada à experiência da cantora nos palcos (afinal, ela deve se sentir mais à vontade diante de uma platéia do que num estúdio) e acaba dando bom resultado, "forçando" a opção por arranjos pouco rebuscados, que cairam muito bem. Anna arrisca influências flamencas em Virgínia (de sua própria autoria), presentes em seus vocais e nas "violonadas" de João Egashira. Ainda no setor das "experiências", soa menos inspirada Vagamente, um quase-reggae também composto por Anna. No setor das regravações, vale destaque para a recriação em um curioso clima "vaudeville" de Você Só...Mente. O clima brejeiro de Benzim, adequadamente levada apenas com violão e bandoneon, talvez seja o ponto alto do disco, e o mais surpreendente dentro de um trabalho de indiscutível qualidade, mas não exatamente memorável.(Marco Antonio Barbosa)
O disco foi gravado ao vivo, mas a não ser por rápidas palmas ao fim de cada canção, mal dá para se notar. A opção pela estréia com um álbum ao vivo pode ser creditada à experiência da cantora nos palcos (afinal, ela deve se sentir mais à vontade diante de uma platéia do que num estúdio) e acaba dando bom resultado, "forçando" a opção por arranjos pouco rebuscados, que cairam muito bem. Anna arrisca influências flamencas em Virgínia (de sua própria autoria), presentes em seus vocais e nas "violonadas" de João Egashira. Ainda no setor das "experiências", soa menos inspirada Vagamente, um quase-reggae também composto por Anna. No setor das regravações, vale destaque para a recriação em um curioso clima "vaudeville" de Você Só...Mente. O clima brejeiro de Benzim, adequadamente levada apenas com violão e bandoneon, talvez seja o ponto alto do disco, e o mais surpreendente dentro de um trabalho de indiscutível qualidade, mas não exatamente memorável.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas