VOCÊ SABE O QUE EU QUERO DIZER
Leoni (2002)
Crítica
Cotação: 
O mais interessante em Você Sabe o que Eu Quero Dizer é notar a transformação do Leoni "safra 80" para o Leoni ano 2002. O compositor que legou ao BRock clássicos legítimos (90% deles na fase com o Kid Abelha) conseguiu juntar a seu sotaque pop influências recém-adquiridas: leia-se uma difusa batucada temperada de samba e funk, com mais ênfase na percussão e no suingue. O resultado aproxima o disco do som de contemporâneos como Pedro Luís. Mas a fórmula não é seguida à risca por Leoni em todo o álbum. Com habilidade, e contando com uma instrumentação sem excessos, baseada em violões, o cantor consegue fazer sua personalidade própria vir à tona, entremeada aos batuques e às "composições vestidas de samba" (expressão cunhada pelo próprio Leoni). É o pop romântico de sempre, injetado de uma brasilidade que até poderia soar forçada, mas que - graças a um inato senso de sinceridade que o compositor passa - convence, afinal.
A voz agradável de Leoni cai melhor nas faixas que investem no som acústico e melódico que é sua marca registrada. Melhor Pra Mim, Temporada das Flores e Napalm no Morro vão nessa onda e não vão decepcionar a quem gosta do trabalho do rapaz desde a época de Garotos. A mistureba de ritmos e influências "alienígenas", no entanto, é o ponto focal de interesse sobre o álbum. A faixa-título, que abre o disco à intrépidas pandeiradas, define a síntese de pop-rock e batucada, com sua melodia simpática e sua seção percussiva marcante. Tem ainda o samba-rock - de branco, mas vá lá - de Samba e Saudade, e as suingadas Criado-mudo e As Cartas que Eu Não Mando. Buscando a terceira via, Leoni chega a experimentações interessantes. Como pode se ouvir na boa batida de violão de Tudo Sobre Amor e Perda, que junta melodia pop com uma intervenção percussiva com tons nordestinos. Uma impressão brejeira que contamina também Mais Perguntas que Respostas, adornada com um violão de cordas de aço (sugerindo uma toada) e levadas de triângulo e agogô.(Marco Antonio Barbosa)
A voz agradável de Leoni cai melhor nas faixas que investem no som acústico e melódico que é sua marca registrada. Melhor Pra Mim, Temporada das Flores e Napalm no Morro vão nessa onda e não vão decepcionar a quem gosta do trabalho do rapaz desde a época de Garotos. A mistureba de ritmos e influências "alienígenas", no entanto, é o ponto focal de interesse sobre o álbum. A faixa-título, que abre o disco à intrépidas pandeiradas, define a síntese de pop-rock e batucada, com sua melodia simpática e sua seção percussiva marcante. Tem ainda o samba-rock - de branco, mas vá lá - de Samba e Saudade, e as suingadas Criado-mudo e As Cartas que Eu Não Mando. Buscando a terceira via, Leoni chega a experimentações interessantes. Como pode se ouvir na boa batida de violão de Tudo Sobre Amor e Perda, que junta melodia pop com uma intervenção percussiva com tons nordestinos. Uma impressão brejeira que contamina também Mais Perguntas que Respostas, adornada com um violão de cordas de aço (sugerindo uma toada) e levadas de triângulo e agogô.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas
