<i>Elzageros</i> vanguardistas em Sampa
O aclamado show Dura na Queda, de Elza Soares, com direção de José Miguel Wisnik e Gringo Cardia, que teve sua temporada prorrogada para um mês no Teatro Glória, no Rio de Janeiro, estréia neste final de semana no Sesc Vila Mariana, em São Paulo. Aos inacreditáveis 70 anos, Elza surpreende com uma energia ímpar em números difíceis de cantar e quase todos inéditos em sua voz, caindo para a vanguarda. Está no roteiro, por exemplo, a 'cabeça' Comida e Bebida (José Celso Martinez Corrêa e Wisnik), a canção título do show, de Chico Buarque, a divertida Façamos, versão de Carlos Rennó para a canção Let’s Do (Let’s Fall in Love) (Cole Porter), Fadas (Luiz Melodia), Haiti (Gil e Caetano) e Língua (só de Caetano). Vale destacar ainda a percussão de Ovídio Brito que dialoga com a cantora na divertida Macumba da Nega. Elza também se finge de bêbada para cantar as fossas Ninguém Me Ama e Lama. De seu repertório clássico, há apenas Mulata Assanhada, de Ataulfo Alves. Merece virar disco.
Rodrigo Faour
02/06/2000
O aclamado show Dura na Queda, de Elza Soares, com direção de José Miguel Wisnik e Gringo Cardia, que teve sua temporada prorrogada para um mês no Teatro Glória, no Rio de Janeiro, estréia neste final de semana no Sesc Vila Mariana, em São Paulo. Aos inacreditáveis 70 anos, Elza surpreende com uma energia ímpar em números difíceis de cantar e quase todos inéditos em sua voz, caindo para a vanguarda. Está no roteiro, por exemplo, a "cabeça" Comida e Bebida (José Celso Martinez Corrêa e Wisnik), a canção título do show, de Chico Buarque, a divertida Façamos, versão de Carlos Rennó para a canção Let’s Do (Let’s Fall in Love) (Cole Porter), Fadas (Luiz Melodia), Haiti (Gil e Caetano) e Língua (só de Caetano). Vale destacar ainda a percussão de Ovídio Brito que dialoga com a cantora na divertida Macumba da Nega. Elza também se finge de bêbada para cantar as fossas Ninguém Me Ama e Lama. De seu repertório clássico, há apenas Mulata Assanhada, de Ataulfo Alves. Merece virar disco.