"Isso é pagode. Mas eu quero, p.!"
Leny Andrade defende as músicas de Altay Velloso: "Ele tem uma forma muito inteligente de chegar ao público"
Rodrigo Faour
07/08/2000
Leny Andrade diz que não tem o menor pudor em gravar pagodes românticos. "Sou despudorada (risos) Fiz três discos dedicados a compositores: Cartola, Nelson Cavaquinho e Tom Jobim. Agora, são 14 sucessos de Altay Velloso, que é considerado pagodeiro. Mas eu adoro esse som. Os cantores vivem pedindo músicas a ele, e de repente descubro que o sonho do Altay era que eu gravasse suas músicas", conta. Leny já admirava seu trabalho, mas o pontapé definitivo aconteceu quando ela foi chamada para gravar um texto de Nossa Senhora de Maria no CD Alabê de Jerusalém, trilha da peça idealizada pelo compositor que deve chegar aos palcos no ano que vem.
"O CD foi feito e precisavam de uma voz grave e pausada para falar um texto de Maria. E o baixista Lúcio Nascimento, que trabalha comigo, deu a sugestão de me chamarem. O Alabê era a pessoa que cuidava dos tambores e instrumentos musicais de percussão. Ele se encontrou com Jesus quando ambos tinham 26 anos. E a peça mostra como seria ele hoje em dia contando o que aprendeu com Jesus até os 33. É de matar! Isso deve ser dirigido e vestido pelo Cláudio Tovar", antecipa a cantora.
Além do texto, as músicas de Altay a pegaram pelo ouvido, via rádio. "Sou uma pessoa que ouve muito rádio. De repente, estava ouvindo algo assim: 'Por isso é que o corpo da gente está pegando fogo', com o Exaltasamba. Aí vem o Só Pra Contrariar e canta 'A teimosia é um defeito do seu coração/ Estou na portaria do seu prédio/ Estou no celular' (O Porteiro). Vão dizer: 'Isso é pagode!' Mas eu quero, p...! (risos) Ou seja, é fácil, é direto. Me apaixonei pelas letras do Altay. Ele tem uma forma inteligente, muito bem-feita de chegar ao público", justifica.
Estrela Luminosa dá nome ao espetáculo porque foi a primeira música que Leny ouviu para fazer o disco e ficou muito emocionada. "Tive que tomar um café, pegar de novo e escutá-la. É muito forte. Cantei-a recentemente em Curitiba, no Teatro Paiol, porque um repórter de lá fez pouco caso do Altay. As pessoas choraram. É um caso sério, uma oração", vibra.
O repertório do show conta ainda com outras parcerias de Altay e Paulo César Feital, como Corrente do Samba (em homenagem a Jovelina Pérola Negra), 40 Anos, Brasil de Oliveira da Silva do Samba, Chora, entre outras. Mas ela não deixará de fora sucessos já conhecidos de seu público, como Eu Quero Ver, Dindi e Lugar Comum – essa última, gravada por ela ano passado no Songbook de João Donato. Na banda, além do tradicional trio formado por João Carlos Coutinho (piano), Lúcio Nascimento (baixo) e Adriano de Oliveira (bateria), ela conta com Roberto Stepheson (sax), Zé Carlos (violão e guitarra) e Jacaré (percussão).
"O CD foi feito e precisavam de uma voz grave e pausada para falar um texto de Maria. E o baixista Lúcio Nascimento, que trabalha comigo, deu a sugestão de me chamarem. O Alabê era a pessoa que cuidava dos tambores e instrumentos musicais de percussão. Ele se encontrou com Jesus quando ambos tinham 26 anos. E a peça mostra como seria ele hoje em dia contando o que aprendeu com Jesus até os 33. É de matar! Isso deve ser dirigido e vestido pelo Cláudio Tovar", antecipa a cantora.
Além do texto, as músicas de Altay a pegaram pelo ouvido, via rádio. "Sou uma pessoa que ouve muito rádio. De repente, estava ouvindo algo assim: 'Por isso é que o corpo da gente está pegando fogo', com o Exaltasamba. Aí vem o Só Pra Contrariar e canta 'A teimosia é um defeito do seu coração/ Estou na portaria do seu prédio/ Estou no celular' (O Porteiro). Vão dizer: 'Isso é pagode!' Mas eu quero, p...! (risos) Ou seja, é fácil, é direto. Me apaixonei pelas letras do Altay. Ele tem uma forma inteligente, muito bem-feita de chegar ao público", justifica.
Estrela Luminosa dá nome ao espetáculo porque foi a primeira música que Leny ouviu para fazer o disco e ficou muito emocionada. "Tive que tomar um café, pegar de novo e escutá-la. É muito forte. Cantei-a recentemente em Curitiba, no Teatro Paiol, porque um repórter de lá fez pouco caso do Altay. As pessoas choraram. É um caso sério, uma oração", vibra.
O repertório do show conta ainda com outras parcerias de Altay e Paulo César Feital, como Corrente do Samba (em homenagem a Jovelina Pérola Negra), 40 Anos, Brasil de Oliveira da Silva do Samba, Chora, entre outras. Mas ela não deixará de fora sucessos já conhecidos de seu público, como Eu Quero Ver, Dindi e Lugar Comum – essa última, gravada por ela ano passado no Songbook de João Donato. Na banda, além do tradicional trio formado por João Carlos Coutinho (piano), Lúcio Nascimento (baixo) e Adriano de Oliveira (bateria), ela conta com Roberto Stepheson (sax), Zé Carlos (violão e guitarra) e Jacaré (percussão).
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