A volta (para valer) das Frenéticas
Grupo faz show para celebrar nova formação
Carla Leite
29/05/2001
"Abra suas asas, solte suas feras, caia na gandaia e entre nessa festa". Mesmo para quem tem menos de 30 anos, esses versos da música Dancin' Days soam mais atuais do que nunca. O que pouca gente da nova geração sabe é que as donas desse hino das boates, estão de volta com visual moderno, além de antigos e novos sucessos na manga. As Frenéticas, grupo vocal formado por Nelson Motta na década de 70, estão finalmente de volta para valer - elas até ensaiaram um retorno em 1993, mas o projeto só serviu para atiçar ainda mais as saudades. Agora é sério. O show 2ºTempo, com estréia marcada para 1º de junho, no Teatro Municipal de Niterói, traz as veteranas Lidoka, Edyr de Castro e Dudu Moraes, que viraram respectivamente Lidia Lagys, Edyr Duqui e Dhu Moraes, ao lado das novatas Cláudia Borioni e Patrícia Boechat.
"A nossa mudança de nome foi acidental. Conheci uma numeróloga incrível numa festa e, conversando, comecei a sacar que o que ela falava era uma ciência de verdade. Troquei o nome e, um dia, ela chegou lá em casa e a Dhu e a Edyr estavam saindo. Apresentei-as e acabaram mudando os delas também", diverte-se Lidia Lagys, ex-Lidoca.
Foi também de Lidoka a idéia de colocar o bloco na rua de novo. A frenética confessa que desde a coletânea Sempre Frenéticas saiu, em 1998, que a idéia não lhe saía da cabeça. "Estava em São Paulo e comecei a observar como as pessoas se referiam ao grupo no pre sente: era sempre 'Eu adoro as Frenéticas', ou 'Sou fã de vocês'. Mas o que me tocou mesmo foi perceber que os jovens, principalmente filhos de amigos e conhecidos, de 17 a 20 anos, conheciam e cantavam nossa músicas", lembra. Era o pontapé que faltava.
Lídia resolveu chamar as "velhas" amigas para cantar os sucessos que nunca tinham saído de moda. Só que as originais Regina, Sandra e Leiloca estavam envolvidas em outros projetos e não toparam a idéia. "Fiquei desanimada, mas liguei pra Dudu e Edyr, e propus uma nova formação. Elas toparam na hora. Aí partimos à cata de cantrizes - cantoras que também fossem atrizes - para que fosse mantido o espírito, a essência do grupo", explica, referindo-se à Patrícia Boechat e Cláudia Morioni.
As duas novas Frenéticas não tiveram tempo nem de curtir o novo título. Já caíram na rotina de ensaios e tiveram pouco tempo para se adaptar ao repertório. Elas juram que tiraram tudo de letra. "Ninguém ocupou o lugar das Frenéticas em duas décadas. Os Mamonas Assassinas até chegaram perto. Já tinha cansado de curtir o som delas na década de 70 e foi só relembrar o que já sabia", garante Cláudia, às gargalhadas.
Tarefa mais fácil, impossível. Nesta volta das Frenéticas, não podem faltar os hits de várias gerações como Perigosa, Vingativa, Dancin'Days, A Felicidade Bate à Sua Porta" (Trem da Alegria) e O Preto que Satisfaz (Feijão Maravilha) . A novidade no repertório são as canções de Pedro Luís (Rap do Real), Nicolau & Os Copérnicos (Larga Esse Controle) e Gabriel Moura, do Farofa Carioca (Copacabana). Sobrou espaço ainda para Tente Outra Vez, de Raul Seixas e Paulo Coelho e Dançar Para Não Dançarde Rita Lee, além de uma versão divertidíssima de Pelados em Santos, dos Mamonas Assassinas.
"Sempre cobraram a nossa volta. Até no exterior. Estar no palco de novo é como entrar num túnel do tempo", desabafa Edyr Duqui. É, parece que foi ontem que seis garçonetes de uma famosa boate carioca, viraram cantoras e conquistaram o Brasil. "A gente servia as mesas e ainda tinha que encontrar disposição para cantar no final da noite", lembra Edyr. Mas o esforço valeu a pena. A apresentação "Prazer em conhecer, somos as tais Frenéticas" fez muita gente chacoalhar e marcou uma geração, no fim dos anos 70.
Patrícia Boechat, de 33 anos, ainda era criança quando as perigosas faziam sucesso, mas já entendeu como poucas a filosofia do grupo. "Ser frenética é transmitir felicidade apesar dos trancos e barrancos". E haja disposição para agüentar o rojão. Lidoka, ou melhor, Lídia, está montando o show na cara e na coragem. "Sem patrocínio, estamos na arena matando um leão por dia para fazer a coisa com qualidade e fidelidade. Espero que nossa música venha com um colorido harmonioso e alegre nesta campanha, para matar as saudades da nossa geração e para fazer a galera jovem repensar valores esquecidos. Vamos ter muito prazer em conhecer essa nova geração e cantar para ela. Afinal, na nossa nova festa vale tudo - menos a violência - vale ser alguém como eu, como você....", ela fala, já começando a cantar.
Agora é tirar a meia brilhosa do armário e cair na pista. Depois do Teatro Municipal de Niterói, As Frenéticas devem fazer show no Canecão, no Rio e no Tom Brasil, em São Paulo. Na manga, quem sabe, um CD ao vivo, mas isso já são outras frenéticas, não é?
"A nossa mudança de nome foi acidental. Conheci uma numeróloga incrível numa festa e, conversando, comecei a sacar que o que ela falava era uma ciência de verdade. Troquei o nome e, um dia, ela chegou lá em casa e a Dhu e a Edyr estavam saindo. Apresentei-as e acabaram mudando os delas também", diverte-se Lidia Lagys, ex-Lidoca.
Foi também de Lidoka a idéia de colocar o bloco na rua de novo. A frenética confessa que desde a coletânea Sempre Frenéticas saiu, em 1998, que a idéia não lhe saía da cabeça. "Estava em São Paulo e comecei a observar como as pessoas se referiam ao grupo no pre sente: era sempre 'Eu adoro as Frenéticas', ou 'Sou fã de vocês'. Mas o que me tocou mesmo foi perceber que os jovens, principalmente filhos de amigos e conhecidos, de 17 a 20 anos, conheciam e cantavam nossa músicas", lembra. Era o pontapé que faltava.
Lídia resolveu chamar as "velhas" amigas para cantar os sucessos que nunca tinham saído de moda. Só que as originais Regina, Sandra e Leiloca estavam envolvidas em outros projetos e não toparam a idéia. "Fiquei desanimada, mas liguei pra Dudu e Edyr, e propus uma nova formação. Elas toparam na hora. Aí partimos à cata de cantrizes - cantoras que também fossem atrizes - para que fosse mantido o espírito, a essência do grupo", explica, referindo-se à Patrícia Boechat e Cláudia Morioni.
As duas novas Frenéticas não tiveram tempo nem de curtir o novo título. Já caíram na rotina de ensaios e tiveram pouco tempo para se adaptar ao repertório. Elas juram que tiraram tudo de letra. "Ninguém ocupou o lugar das Frenéticas em duas décadas. Os Mamonas Assassinas até chegaram perto. Já tinha cansado de curtir o som delas na década de 70 e foi só relembrar o que já sabia", garante Cláudia, às gargalhadas.
Tarefa mais fácil, impossível. Nesta volta das Frenéticas, não podem faltar os hits de várias gerações como Perigosa, Vingativa, Dancin'Days, A Felicidade Bate à Sua Porta" (Trem da Alegria) e O Preto que Satisfaz (Feijão Maravilha) . A novidade no repertório são as canções de Pedro Luís (Rap do Real), Nicolau & Os Copérnicos (Larga Esse Controle) e Gabriel Moura, do Farofa Carioca (Copacabana). Sobrou espaço ainda para Tente Outra Vez, de Raul Seixas e Paulo Coelho e Dançar Para Não Dançarde Rita Lee, além de uma versão divertidíssima de Pelados em Santos, dos Mamonas Assassinas.
"Sempre cobraram a nossa volta. Até no exterior. Estar no palco de novo é como entrar num túnel do tempo", desabafa Edyr Duqui. É, parece que foi ontem que seis garçonetes de uma famosa boate carioca, viraram cantoras e conquistaram o Brasil. "A gente servia as mesas e ainda tinha que encontrar disposição para cantar no final da noite", lembra Edyr. Mas o esforço valeu a pena. A apresentação "Prazer em conhecer, somos as tais Frenéticas" fez muita gente chacoalhar e marcou uma geração, no fim dos anos 70.
Patrícia Boechat, de 33 anos, ainda era criança quando as perigosas faziam sucesso, mas já entendeu como poucas a filosofia do grupo. "Ser frenética é transmitir felicidade apesar dos trancos e barrancos". E haja disposição para agüentar o rojão. Lidoka, ou melhor, Lídia, está montando o show na cara e na coragem. "Sem patrocínio, estamos na arena matando um leão por dia para fazer a coisa com qualidade e fidelidade. Espero que nossa música venha com um colorido harmonioso e alegre nesta campanha, para matar as saudades da nossa geração e para fazer a galera jovem repensar valores esquecidos. Vamos ter muito prazer em conhecer essa nova geração e cantar para ela. Afinal, na nossa nova festa vale tudo - menos a violência - vale ser alguém como eu, como você....", ela fala, já começando a cantar.
Agora é tirar a meia brilhosa do armário e cair na pista. Depois do Teatro Municipal de Niterói, As Frenéticas devem fazer show no Canecão, no Rio e no Tom Brasil, em São Paulo. Na manga, quem sabe, um CD ao vivo, mas isso já são outras frenéticas, não é?