Abril Pro Rock começa hoje (dia 11) no Recife
O festival aposta em edição mais enxuta para 2003; O Rappa, Los Hermanos, Ira! e Nação Zumbi são alguns dos convidados
Marco Antonio Barbosa
11/04/2003
A despeito de dificuldades orcamentárias, alta do dólar e patrocínios ariscos, o Abril Pro Rock ainda é o maior festival pop do Brasil. Realizado há 11 anos sempre no mês de abril, no Recife (PE), o APR 2003 baixou a bola das atrações internacionais, cortou a escala que fazia em São Paulo já há dois anos e procurou um porte mais enxuto e modesto para poder viabilizar-se. Não que a edição deste ano - que vai de hoje (dia 11) a domingo (13), no Centro de Convenções do Recife, tenha perdido em qualidade artística.
Trata-se de uma edição menor, em número de atrações, do que a média dos anos anteriores. Também, diferente dos últimos anos, só haverá um show internacional (a obscura banda punk alemã Terrorgruppe), e que mesmo assim só veio de carona - o grupo já viria tocar no Brasil de qualquer jeito, o que minimizou os custos da esticada até Pernambuco. Em comparação com o ano passado, quando o APR trouxe os consagrados grupos britânicos The Mission e The Charlatans e o herói indie americano Stephen Malkmus, e ocupou a suntuosa casa de espetáculos Olympia, em São Paulo, trata-se de um festival mais pé no chão.
As atrações mais esperadas do APR 2003 são dois grupos cariocas, O Rappa e os Los Hermanos. Ambas as bandas são veteranas no evento (já se apresentaram duas vezes, cada uma), mas este ano seus shows trarão, em primeira mão, músicas de seus próximos e ainda inéditos trabalhos. O Rappa, que toca hoje, fechando a programação do palco principal, vai apresentar algumas das canções incluídas naquele que será seu quarto álbum de estúdio, o primeiro sem a presença do mentor Marcelo Yuka. Já os Los Hermanos, que estão com tudo acertado para lançar em maio Ventura, seu terceiro álbum (pela BMG), devem mostrar em seu show no domingo o repertório novo.
O resto da programação inclui nomes consagrados da cena recifense, como a Nação Zumbi, o DJ Dolores e sua Orchestra Santa Massa e o projeto solo do vocalista Siba, do Mestre Ambrósio. A tradicional "noite pesada" do evento, o sábado, tem como grande destaque o grupo paulista Shaman (do ex-vocalista do Angra, André Mattos); os veteranos Ira! e Nando Reis são as atrações principais da última noite do evento. A aposta em nomes emergentes da nova música brasileira, uma constante na "ideologia" do APR, retorna com a inclusão dos coletivos Stereo Maracanã e Instituto - que fizeram, cada um em sua praia, dois dos melhores discos do ano passado - e as sensações roqueiras Cachorro Grande e Nancyta & Os Grazzers.
A programação completa:
Sexta, 11 de abril: Palco 1: O Rappa (RJ), Nação Zumbi (PE), DJ Dolores e Orchestra Santa Massa (PE). Palco 2: Stereo Maracanã (RJ), Chico Correa (PB), Instituto (SP).
Sábado, 12 de abril: Palco 1: Shaman (SP), Haganorik (PE), Terroggruppe (Alemanha), Dead Fish (ES). Palco 2: Mukeka di Rato (ES), Infested Blood (PE), Porão GB (PE), Nancyta e Os Grazzers (BA).
Domingo, 13 de abril: Palco 1: Ira! (SP), Nando Reis (SP), Los Hermanos (RJ), Siba (PE). Palco 2: Maciel Salu e o Terno do Terreiro (PE), Cachorro Grande (RS), Júnior Barreto (PE), Pitty (BA).
Trata-se de uma edição menor, em número de atrações, do que a média dos anos anteriores. Também, diferente dos últimos anos, só haverá um show internacional (a obscura banda punk alemã Terrorgruppe), e que mesmo assim só veio de carona - o grupo já viria tocar no Brasil de qualquer jeito, o que minimizou os custos da esticada até Pernambuco. Em comparação com o ano passado, quando o APR trouxe os consagrados grupos britânicos The Mission e The Charlatans e o herói indie americano Stephen Malkmus, e ocupou a suntuosa casa de espetáculos Olympia, em São Paulo, trata-se de um festival mais pé no chão.
As atrações mais esperadas do APR 2003 são dois grupos cariocas, O Rappa e os Los Hermanos. Ambas as bandas são veteranas no evento (já se apresentaram duas vezes, cada uma), mas este ano seus shows trarão, em primeira mão, músicas de seus próximos e ainda inéditos trabalhos. O Rappa, que toca hoje, fechando a programação do palco principal, vai apresentar algumas das canções incluídas naquele que será seu quarto álbum de estúdio, o primeiro sem a presença do mentor Marcelo Yuka. Já os Los Hermanos, que estão com tudo acertado para lançar em maio Ventura, seu terceiro álbum (pela BMG), devem mostrar em seu show no domingo o repertório novo.
O resto da programação inclui nomes consagrados da cena recifense, como a Nação Zumbi, o DJ Dolores e sua Orchestra Santa Massa e o projeto solo do vocalista Siba, do Mestre Ambrósio. A tradicional "noite pesada" do evento, o sábado, tem como grande destaque o grupo paulista Shaman (do ex-vocalista do Angra, André Mattos); os veteranos Ira! e Nando Reis são as atrações principais da última noite do evento. A aposta em nomes emergentes da nova música brasileira, uma constante na "ideologia" do APR, retorna com a inclusão dos coletivos Stereo Maracanã e Instituto - que fizeram, cada um em sua praia, dois dos melhores discos do ano passado - e as sensações roqueiras Cachorro Grande e Nancyta & Os Grazzers.
A programação completa:
Sexta, 11 de abril: Palco 1: O Rappa (RJ), Nação Zumbi (PE), DJ Dolores e Orchestra Santa Massa (PE). Palco 2: Stereo Maracanã (RJ), Chico Correa (PB), Instituto (SP).
Sábado, 12 de abril: Palco 1: Shaman (SP), Haganorik (PE), Terroggruppe (Alemanha), Dead Fish (ES). Palco 2: Mukeka di Rato (ES), Infested Blood (PE), Porão GB (PE), Nancyta e Os Grazzers (BA).
Domingo, 13 de abril: Palco 1: Ira! (SP), Nando Reis (SP), Los Hermanos (RJ), Siba (PE). Palco 2: Maciel Salu e o Terno do Terreiro (PE), Cachorro Grande (RS), Júnior Barreto (PE), Pitty (BA).