Afinal, Gil aceita Ministério da Cultura
O cantor e compositor baiano assume em janeiro o cargo no governo Lula; anúncio oficial foi feito hoje (dia 17)
Marco Antonio Barbosa
17/12/2002
Apesar do despiste que deu ontem (dia 16) na mídia, Gilberto Gil afinal acabou aceitando hoje o cargo de ministro da Cultura no governo Luís Inácio Lula da Silva, que toma posse dia 1º de janeiro. Convidado a assumir o cargo no último fim de semana, Gil apareceu ontem na mídia anunciando que não aceitaria o ministério por "não ter uma poupança que possibilitasse viver apenas com o salário de ministro (R$ 8.000)", e que só poderia concordar com a escolha de Lula se pudesse manter sua carreira artística em paralelo com o trabalho em Brasília. Porém, em declaração ao telejornal Hoje, o baiano acabou admitindo (e antecipando em um dia o anúncio oficial de sua posição) que sim, aceitará o cargo no ministério do presidente petista.
Em entrevista coletiva concedida em São Paulo, Gil afirmou ter reavaliado sua posição e que disse achar possível continuar a cantar enquanto excerce as funções ministeriais. "Não acho que possam haver impedimentos para tanto", disse o baiano. O anúncio oficial por parte do presidente eleito ainda não foi emitido, mas Gil disse que conversou com Lula no sábado passado e ontem. O cantor afirmou que "poderia trabalhar (em Brasília) de segunda a sexta e fazer shows no sábado e domingo." A respeito de suas declarações sobre o salário de ministro, Gil esclareceu: "É que muitas pessoas dependem de minha carreira como artista, gente de minha produtora, os músicos de minha banda. Não poderia tomar uma decisão sem levar isso em consideração."
Gil, afiliado ao PV (Partido Verde), garantiu na entrevista ter o apoio de amigos como Caetano Veloso e Chico Buarque e disse ter conversado com pelo menos dois artistas que poderiam integrar seu gabinete: o ator Sérgio Mamberti e o teatrólogo Hamilton Vaz Pereira. Gil quer, segundo suas próprias palavras, "que o Tropicalismo chegue ao Ministério da Cultura."
Sem dúvida, é a primeira vez que um artista da MPB chega a um posto tão alto na política federal. Gil já havia sido vereador; em 1988, foi o campeão de votos na eleição municipal em Salvador. Sobre sua experiência anterior na política, Gil disse que "enfrentou uma situação de inapetência" quando confrontado com os afazeres diários da Câmara de Vereadores. "A situação agora é diferente, já que estarei lidando com minha área, a cultura", disse o compositor.
Em entrevista coletiva concedida em São Paulo, Gil afirmou ter reavaliado sua posição e que disse achar possível continuar a cantar enquanto excerce as funções ministeriais. "Não acho que possam haver impedimentos para tanto", disse o baiano. O anúncio oficial por parte do presidente eleito ainda não foi emitido, mas Gil disse que conversou com Lula no sábado passado e ontem. O cantor afirmou que "poderia trabalhar (em Brasília) de segunda a sexta e fazer shows no sábado e domingo." A respeito de suas declarações sobre o salário de ministro, Gil esclareceu: "É que muitas pessoas dependem de minha carreira como artista, gente de minha produtora, os músicos de minha banda. Não poderia tomar uma decisão sem levar isso em consideração."
Gil, afiliado ao PV (Partido Verde), garantiu na entrevista ter o apoio de amigos como Caetano Veloso e Chico Buarque e disse ter conversado com pelo menos dois artistas que poderiam integrar seu gabinete: o ator Sérgio Mamberti e o teatrólogo Hamilton Vaz Pereira. Gil quer, segundo suas próprias palavras, "que o Tropicalismo chegue ao Ministério da Cultura."
Sem dúvida, é a primeira vez que um artista da MPB chega a um posto tão alto na política federal. Gil já havia sido vereador; em 1988, foi o campeão de votos na eleição municipal em Salvador. Sobre sua experiência anterior na política, Gil disse que "enfrentou uma situação de inapetência" quando confrontado com os afazeres diários da Câmara de Vereadores. "A situação agora é diferente, já que estarei lidando com minha área, a cultura", disse o compositor.