Álbuns fundamentais de Tom Zé voltam às lojas
Série Dois Momentos, organizada pelo titã Charles Gavin, põe em dois CDs os LPs Se o Caso é Chorar, Todos os Olhos, Estudando o Samba e Correio da Estação do Brás
Silvio Essinger
06/11/2000
Demorou, mas Tom Zé reconquistou o Brasil. O mais experimental dos tropicalistas, que foi do ostracismo ao sucesso no circuito cult dos Estados Unidos (graças à mão do talking head David Byrne), só voltou a ser figura popular em seu país (onde já havia até vencido festival, com São São Paulo) no ano passado, quando o CD Com Defeito de Fabricação (1998, Luaka Bop) ganhou lançamento nacional, a promoção que merecia e, enfim, o Grande Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte. Sucesso novamente na doce voz de Érika, da banda baiana Penélope (com Namorinho de Portão), Tom Zé viu, como uma espécie de altamente desejado efeito coleteral, a sua discografia voltar às lojas, em forma de CD.
Algumas semanas depois da reedição pela Sony Music de seu LP de estréia (Tom Zé , que saiu em 1968 pela Rozemblit), chegam às lojas, em dois discos da série Dois Momentos (organizada pelo baterista dos Titãs, Charles Gavin), nada menos que quatro LPs fundamentais deste músico nascido em Irará, na Bahia. Se o Caso é Chorar (1972) e Todos os Olhos (73) entram no volume 14 da coleção. Já Estudando o Samba (75, que Byrne comprou desavisado numa loja no Brasil, acabando por se apaixonar pela obra de Tom Zé) e Correio da Estação do Brás (78) estão no volume 15.
Remasterizados (ou mesmo remixados) diretamente das fitas originais, que apodreciam nos depósitos da gravadora Continental, os discos, que agora ressurgem em caprichadas edições, com reproduções das capas originais, fichas técnicas e fotos inéditas, representam o filé da discografia de Tom Zé – basicamente, aquela que o padrinho gringo condensou, em 1990, na coletânea The Best of Tom Zé, a responsável pela ressurreição da carreira do músico, que já pensava em voltar para Irará para trabalhar no posto de gasolina de um sobrinho. Às portas de mais um disco, pela Trama (que lançou Com Defeito por aqui), o baiano agora fica com apenas uma lacuna em sua discografia digital: o LP Nave Maria, que saiu em 1984, pela RGE.
Da mesma gravadora, por sinal, é o disco Tom Zé, de 1970 (que tem Qualquer Bobagem, parceria com os Mutantes, regravada nos anos 90 pelo Pato Fu), relançado em CD em 1994 (na série Prestígio) e rapidamente transformado em peça de colecionador. Faixas desses dois discos da RGE estão na coletânea 20 Preferidas, de 1997, outro itenzinho cada vez mais difícil de se achar. Pergunta para a Som Livre (detentora do catálogo da finada gravadora): está na hora de reeditar esses LPs, não é?
Algumas semanas depois da reedição pela Sony Music de seu LP de estréia (Tom Zé , que saiu em 1968 pela Rozemblit), chegam às lojas, em dois discos da série Dois Momentos (organizada pelo baterista dos Titãs, Charles Gavin), nada menos que quatro LPs fundamentais deste músico nascido em Irará, na Bahia. Se o Caso é Chorar (1972) e Todos os Olhos (73) entram no volume 14 da coleção. Já Estudando o Samba (75, que Byrne comprou desavisado numa loja no Brasil, acabando por se apaixonar pela obra de Tom Zé) e Correio da Estação do Brás (78) estão no volume 15.
Remasterizados (ou mesmo remixados) diretamente das fitas originais, que apodreciam nos depósitos da gravadora Continental, os discos, que agora ressurgem em caprichadas edições, com reproduções das capas originais, fichas técnicas e fotos inéditas, representam o filé da discografia de Tom Zé – basicamente, aquela que o padrinho gringo condensou, em 1990, na coletânea The Best of Tom Zé, a responsável pela ressurreição da carreira do músico, que já pensava em voltar para Irará para trabalhar no posto de gasolina de um sobrinho. Às portas de mais um disco, pela Trama (que lançou Com Defeito por aqui), o baiano agora fica com apenas uma lacuna em sua discografia digital: o LP Nave Maria, que saiu em 1984, pela RGE.
Da mesma gravadora, por sinal, é o disco Tom Zé, de 1970 (que tem Qualquer Bobagem, parceria com os Mutantes, regravada nos anos 90 pelo Pato Fu), relançado em CD em 1994 (na série Prestígio) e rapidamente transformado em peça de colecionador. Faixas desses dois discos da RGE estão na coletânea 20 Preferidas, de 1997, outro itenzinho cada vez mais difícil de se achar. Pergunta para a Som Livre (detentora do catálogo da finada gravadora): está na hora de reeditar esses LPs, não é?