Carlos Lyra volta ao sambalanço que inventou

Tárik de Souza
27/04/2001
Antes da consolidação do rótulo bossa nova, as modificações introduzidas no samba tiveram outros nomes experimentais. O compositor Carlos Lyra criou (e patenteou) um deles, Sambalanço, que intitulará seu novo disco, gravado para o Japão. Descontente com o resultado inicial (já lançado lá), Lyra comprou a fita master e, com sua produtora Magda Botafogo, finaliza na próxima semana a (re)mixagem. E já está em negociação com as gravadoras para um lançamento aqui ainda no primeiro semestre.

Como todo disco visando a um mercado específico, Sambalanço traz os clássicos que refrescam a memória e chamam atenção do fã (Lobo Bobo, Canção que Morre no Ar, Saudade Fez um Samba, A Minha Namorada, Maria Moita, Você e Eu, Mas Também Quem Mandou, Coisa Mais Linda), mesclados às inéditas, como mais uma parceria póstuma do compositor com Dolores Duran (Se Quiseres Chorar), uma só dele (Os Olhos da Madrugada) e mais O Barco e a Vela (do sobrinho Claudio Lyra). Além disso há "semi-inéditas" como Gente do Morro (com Vinicius de Moraes), escrita para a novela O Cafona e pouco difundida, Só Choro Quando Estou Feliz e Um Abraço no João (ambas só de Lyra), esta última uma remodelagem da música Até Parece.