Cida Moreira e Ângela Rô Rô cantam e anunciam novos projetos
Rodrigo Faour
22/03/2001
Ontem à noite, Cida Moreira e Ângela Rô Rô cantaram no projeto Ponte Aérea, no novo Sesc Rio Arte, em Copacabana (RJ) e foram muito aplaudidas. Cida veio com um recital bastante cult, a cara de São Paulo, com um repertório difícil, em que entraram canções de Kurt Weil como Matrösen Tango, Barbara Song, Speak Low, e de George Gershwin (I Love You Porgy). Em seu set nacional, concentraram-se os três melhores momentos do espetáculo: a valsa Londrina (de seu conterrâneo Arrigo Barnabé), a desconhecida Se Te Adoro, uma modinha recolhida por Mário de Andrade no começo do século, e Estrada do Sertão, de João Pernambuco, letrada por Hermínio Bello de Carvalho. Aliás, essas duas últimas foram anunciadas por ela como certas em seu novo CD, que sairá pela Kuarup.
Cida entra em maio nos estúdios para registrar canções do começo do século passado, como Melodia Sentimental (Villa-Lobos/ Dora Vasconcellos), Quem é? (Custódio Mesquita/ Joracy Camargo), Linda Flor (Cândido Costa/ Henrique Vogeler/ Marques Porto/ Luiz Peixoto) e até a manjada Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro) - todas cantadas por ela no show de ontem. Ao final, Cida recebeu Ângela Rô Rô e as duas improvisaram duetos em Gota de Sangue e Não Há Cabeça. Mais uma vez, Ângela confirmou estar na melhor fase de sua vida. O fato de estar 36 quilos mais magra, sem bebida nem cigarro, não interferiu no grau com que ela está se lançando nas interpretações. Montado especialmente para o evento, Ângela cantou ao lado do tecladista Ricardo MacCord seus maiores sucessos. Do disco novo, Acertei no Milênio , ela levou apenas o standard All of Me e o bolero O Cinema, a Princesa e o Mar. Ao anunciar ao público seu novo trabalho, disparou uma de suas pérolas: "É das poucas coisas novas que têm atualmente lá em casa." Risos gerais.
Com seu carisma inigualável, Ângela roubou a cena. Como na hora em que se autocriticou, parafraseando o fado Os Argonautas, de Caetano: "Se embelezar é preciso/ Intoxicar não é preciso/ Se maquiar é preciso/ Se drogar não é preciso." Outra tirada impagável foi com relação aos psicanalistas. "Eles são encolhedores de cabeça. Sabe por que não entrego a minha a ninguém? Porque se eles tirarem todas as minhas neuroses, se limparem tudo, ela vai encolher e não vai ter mais graça". Já no camarim, Ângela se disse disposta a trabalhar. Disse que seu recomeço é definitivo. Ela pretende gravar novos discos e estudar harmonia para voltar a tocar piano. "Quero compensar a preguiça que tive durante tantos anos e trabalhar muito. Gostaria de compor trilhas para teatro e cinema, e até escrever um roteiro para cinema, por que não? Acertei no milênio para não ser acertada por ele", resumiu.
Cida entra em maio nos estúdios para registrar canções do começo do século passado, como Melodia Sentimental (Villa-Lobos/ Dora Vasconcellos), Quem é? (Custódio Mesquita/ Joracy Camargo), Linda Flor (Cândido Costa/ Henrique Vogeler/ Marques Porto/ Luiz Peixoto) e até a manjada Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro) - todas cantadas por ela no show de ontem. Ao final, Cida recebeu Ângela Rô Rô e as duas improvisaram duetos em Gota de Sangue e Não Há Cabeça. Mais uma vez, Ângela confirmou estar na melhor fase de sua vida. O fato de estar 36 quilos mais magra, sem bebida nem cigarro, não interferiu no grau com que ela está se lançando nas interpretações. Montado especialmente para o evento, Ângela cantou ao lado do tecladista Ricardo MacCord seus maiores sucessos. Do disco novo, Acertei no Milênio , ela levou apenas o standard All of Me e o bolero O Cinema, a Princesa e o Mar. Ao anunciar ao público seu novo trabalho, disparou uma de suas pérolas: "É das poucas coisas novas que têm atualmente lá em casa." Risos gerais.
Com seu carisma inigualável, Ângela roubou a cena. Como na hora em que se autocriticou, parafraseando o fado Os Argonautas, de Caetano: "Se embelezar é preciso/ Intoxicar não é preciso/ Se maquiar é preciso/ Se drogar não é preciso." Outra tirada impagável foi com relação aos psicanalistas. "Eles são encolhedores de cabeça. Sabe por que não entrego a minha a ninguém? Porque se eles tirarem todas as minhas neuroses, se limparem tudo, ela vai encolher e não vai ter mais graça". Já no camarim, Ângela se disse disposta a trabalhar. Disse que seu recomeço é definitivo. Ela pretende gravar novos discos e estudar harmonia para voltar a tocar piano. "Quero compensar a preguiça que tive durante tantos anos e trabalhar muito. Gostaria de compor trilhas para teatro e cinema, e até escrever um roteiro para cinema, por que não? Acertei no milênio para não ser acertada por ele", resumiu.