Da bossa ao jazz, passando pelo soul

Os vários estágios da carreira de Ivan Lins, recontados e pelo próprio, desde os tempos dos trios de bailes na Tijuca

Rodrigo Faour, Silvio Essinger e Tárik de Souza
18/09/2000
Pouca gente sabe que antes de cantar com voz rouca à la soul music, Ivan Lins passou por trios de bossa nova. Esse é um dos detalhes de sua carreira que o cantor conta a CliqueMusic. Diz por que detestava (e depois passou a amar) os Beatles, da importância do Tropicalismo para sua carreira, bem como de pianistas e compositores estrangeiros como Elton John e Jimmy Webb. Ivan explica ainda por que deixou de compor com Ronaldo Monteiro, autor da letra de Madalena, da influência de Vitor Martins em sua obra e da atmosfera política tensa do Brasil setentista. Ele confessa que não consegue deixar de fazer caretas quando canta e explica como conseguiu trocar os tons altos do passado por um jeito mais cool de cantar nos últimos discos. Finalmente, revela que pretende preparar seu primeiro songbook no ano que vem.

CliqueMusic – A soul music estava aparecendo no Brasil quando você começou sua carreira (1970), nomes como Tim Maia, Tony Tornado, Paulo Diniz... e você foi um cantor desse estilo. Você forçava a voz? Quem eram seus ídolos?
Ivan Lins –
Eu era fã do David Clayton-Thomas do Blood, Sweet and Tears. Como não tinha a foto dele no disco, eu achava que era um p. crioulo e não era! (risos) Antes disso, eu já gostava do Ray Charles. Como compositor, eu era muito influenciado por aquele pessoal que fazia um rock pianístico, como o Jimmy Webb, o Elton John do início de carreira, Leon Russell... e tinha o Stevie Wonder, Thelma Houston – adorava o disco dela de capa amarela. E eu cantava rouco porque meu sonho era ter minhas músicas cantadas por esses caras. Eu cantava tentando que as pessoas imaginassem como as minhas músicas ficariam na voz desses caras. (risos) E quem ouvia, pensava: "Pô, esse cara tem uma voz diferente". Uma vez estava no Sachinha’s no Leme, point boêmio da época, quando o Paulinho Tapajós foi me ouvir e disse que ia me levar para o André Midani (chefão da Philips) me conhecer. Cantei as músicas o André falou: "Tem que gravar". E eu não queria gravar. A primeira vez que fui ao estúdio cheguei totalmente bêbado e tiveram que transferir para o dia seguinte por motivos alcoólicos (risos) porque eu estava inviável.

CliqueMusic – Você era um cara tímido na época...
Ivan Lins –
Ah, sim. Eu tinha pânico de palco. Pânico mesmo! Um negócio assustador, de achar que eu ia morrer, de passar mal. Era uma experiência altamente traumática para mim.

CliqueMusic – Você surgiu num movimento universitário – MAU – muito nacionalista. Esse pessoal não ficava atritado com você cantando na onda soul?
Ivan Lins –
Não, porque como minha música tinha uma certa aceitação ali, exatamente por ela ser mais pop, era uma forma também de chamar a atenção para todos do movimento. O Aldir Blanc e os outros eram bastante claros com relação a isso. Me lembro bem dele dizer: "A sua música é legal porque o pessoal está mais de olho em você, e você estando em voga nós vamos poder aparecer também. Vamos poder ver a música do Gonzaguinha, do Cesinha (César Costa Filho)".

CliqueMusic – Como você define seu estilo no início de sua carreira?
Ivan Lins –
Naquela época estava muito mais para o rock do que para a soul music por incrível que pareça. Antes de iniciar a carreira, era pianista de bossa nova e jazz. Os shows da época, de bossa nova, na Tijuca eram iguais aos do Fino da Bossa. A gente copiava tudo, as paradinhas... as platéias do Instituto Lafayette, do Instituto de Educação e outras também eram cópias fiéis daquelas dos festivais e dos programas da TV Record. Os meninos tocavam violão igual ao Baden. As meninas cantavam Arrastão igual à Elis e naquela parte do "J’ouviu, olha o arrastão entrando no mar sem fim", todo mundo batia palmas, exatamente igual ao que faziam quando a Elis cantava (risos).

CliqueMusic – A complexidade da sua música vem da bossa e do jazz?
Ivan Lins –
Desde o começo, ia incorporando naturalmente tudo o que eu assimilava. Meu mestre harmônico era o Luiz Eça – quando o vi tocando, decidi tocar piano. E os compositores da época, principalmente o Carlinhos Lyra e o Tom Jobim. E aí tinham os grupinhos... tinha sempre a cantora que cantava o repertório da Elis, a outra cantava o da Nara, outra da Leny Andrade. A gente chupava tudo. Tinha 500 mil trios... Eu também tive os meus: Alfa Trio, depois o Sensa Três (risos). Os trocadilhos eram ótimos. Tive o OF 4, que tinha um Baden cover. E por aí foi. Era apaixonante.

CliqueMusic - Engraçado você sair da bossa e ir par ao soul...
Ivan Lins –
Foi quando apareceram os Beatles e todas aquelas bandas no Brasil, de covers que não sabiam nem afinar as guitarras e toda a turma que ia ver showzinho de bossa nova começou a abandonar a gente e ir para os Analfabeatles e os outros grupos naquelas festas que tinham no Clube Municipal, no Orfeão de Portugal. A gente ficou p... da vida! "Esses caras tocam aqueles três acordes e nem afinam aquela m..." (risos) Até que nossas namoradinhas começaram a abandonar a gente e a bandear para o lado deles, usando calça boca de sino, saint-tropez... aquelas coisas. A gente tomou uma raiva ferrada. Por isso, acho que o Tropicalismo até sem querer foi o movimento mais importante do Brasil porque disse: "guitarra elétrica pode sim, com qualidade". Eu, que odiava os Beatles, fui reouvi-los e não fui só eu. Foi uma geração inteira que tinha vontade de metralhar todos os guitarristas do Brasil. Tinha também a atitude política dos tropicalistas, o deboche de confrontarem as diversas tendências que militavam dentro da música brasileira, até de uma democracia mesmo. O tropicalismo é que me salvou. Comecei a ouvir guitarra e achei interessante. Saiu o estilo Baden e todo mundo queria um Sérgio Dias tocando, por causa dos Mutantes. A minha tendência era ir para os pianistas, Ray Charles, Stevie Wonder, Elton John... Só que harmonicamente estava mais para Jimmy Webb – que tinha uma formação jazzística e bossa novista, ele mesmo dizia que sua grande influência tinha sido Tom Jobim – e o MacArthur Park aparece claramente no meu primeiro disco. Mas nem todas as minhas músicas eram assim. O Madalena era um samba, embora mais moderno, pop, para a época. É uma música complexa pra c...! Até hoje, 30 anos depois, são raros os caras que a tocam direito.

CliqueMusic – Você ficou atrás dos cantores de soul e acabou tendo uma música gravada pela primeira dama do jazz...
Ivan Lins –
É verdade (risos). A Ella Fitzgerald conheceu Madalena no Brasil com a Elis. Foi a primeira música minha gravada fora do Brasil. E a primeira dama do jazz tinha tudo a ver com o (antigo) Ivan Guimarães Lins, porque eu era jazzista e adorava ela. Ela veio fazer um concerto em 1971 no Municipal e houve uma recepção na casa do Carlinhos Guinle e ela vivia falando na Madalena, porque no aeroporto, no carro em todo lugar só tocava isso com a Elis. E a Elis estava viajando, não estava no Rio. Ligaram para mim e foi uma noite primorosa. No final, o trio dela tocou tudo. Foi inesquecível. Ela chegou para mim e cantarolou a música e, no concerto dela, deu uma cantarolada no final, pois sabia só um pedacinho de tanto ouvir no rádio. E ela falou: vou gravar essa música. Entrou por um ouvido e saiu pelo outro, imagina se eu ia acreditar. Em 72, estava dirigindo meu Kharman Guia na Lagoa. E o disc-jockey Big Boy chegado de Nova York falou: "Ella Fitzgerald gravou essa maravilha de Ivan Lins no Concerto de Santa Bárbara" e colocou no ar a gravação. Comecei a diminuir a velocidade, ouvi todo mundo buzinar atrás. E não é que ela gravou?

CliqueMusic – Como é a história que te taxaram de alienado nas letras de suas primeiras músicas? Tanto que O Amor É o Meu País podia ser até lida como outra forma naquele contexto...
Ivan Lins –
Não só podia como usaram equivocadamente. O que aconteceu: eu era da geração dos músicos. Meu negócio era tocar. Estava mais ligado em harmonia e melodia, e não dava muita importância à letra. Eu fugia da parte política até por não achar que discernisse corretamente sobre o assunto. Quando Ronaldo (Monteiro de Souza) fez a letra de O Amor É o Meu País, saiu em maio de 70 a lista das 30 classificadas para o festival antes da Copa do Mundo. Veio a Copa em junho e o Médici criou todos aqueles slogans. Os militares se apossaram da bandeira, do hino do Brasil e da palavra "país". Queimaram a palavra país! Não se podia nem falar. E aí a música apareceu depois. Tomei p. até a alma. Foi um negócio muito louco!

CliqueMusic – Até que ponto você sabia até que a situação política era tão grave...
Ivan Lins –
Eu sabia que a coisa estava rolando mesmo porque até o Ronaldo e pessoas conhecidas minhas passavam por apertos horríveis. Teve um conhecido meu e do Ronaldo que foi pego porque acharam na carteira dele uma letra falando de camponês e não sei o quê. E o cara que tinha escrito a letra tinha promovido um show, um ano antes na PUC, onde o Vandré tinha cantado. Olha que loucura! (risos) Se esse rapaz fez isso então devia ter ligações. Uma moça ligava para a casa do cara – que era feio até a alma – e dizia com voz de mulher sensual: "Olha, Barata você é muito bonito, eu quero te conhecer". Tanto a tal moça ligou que ele começou a achar que podia ser verdade. Só que o convite foi o seguinte: "Será que a gente podia marcar em frente ao Ministério da Guerra...?" (risos) Pô, o nível dos caras era qualquer nota! Ministério da Guerra não dava né? (risos) Esse espetáculo da PUC foi em 1968. Inclusive eu cantei nesse show. Depois do Festival Universitário, a PUC chamou todos os compositores universitários em voga, como o Edu Lobo e o Vandré. E esse show deu uma m. federal por causa do Vandré. E sujou a barra geral de todo mundo durante três anos. Ficaram pegando pessoas para torturar, pegando gente na rua. Invadiram a casa do Ronaldo porque ele estudava na PUC e era do diretório. E como tinha sido o diretório que promoveu o show, bateram na porta dele. Eram uns imbecis... O cara achava um regulador de voltagem e dizia: o que é isso? É bomba? (risos)

CliqueMusic – Você passou a compor com o Vitor porque queria outro padrão de letras?
Ivan Lins –
Não. A parceria com o Ronaldo depois melhorou muito porque caiu a ficha, comecei a exigir mais, cobrei mais dele. Ele escreveu melhor, letras mais políticas. O que parou mesmo a nossa parceria foi um casamento que ele teve com uma mulher que não queria mais que ele se metesse com música, e se dedicasse exclusivamente a ela. (risos) E ela era ciumenta... tanto que dois anos depois não tinha mais casamento. Fiquei meio órfão. Aí, conheci o Vitor.

CliqueMusic – Por coincidência você mudou de gravadora exatamente nessa época...
Ivan Lins –
Parei com a Philips. O Vitor saiu da Sicam e foi trabalhar nas editoras da RCA e ele me tirou da União Brasileira de Compositores e da Philips. Me levou para a RCA. Eu ainda era parceiro do Ronaldo mas comecei a abrir, fiz músicas com o Paulo César Pinheiro, eu mesmo fiz as letras. Fizemos Abre-Alas e a música estourou. Mas por causa do problema da mulher, o Ronaldo se afastou da música e ficou uns três anos sem aparecer. Ela eliminou o Ronaldo do circuito, o que foi muito ruim para ele. A tendência de abrir a parceria já era natural, até porque eu queria mesmo. Mas eu ia continuar fazendo música com ele, tanto que ele só voltou no disco Somos Todos Iguais Nesta Noite, quando apresentamos duas músicas.

CliqueMusic – Nesse momento, houve uma mudança de universo temático na sua obra. Porque o Victor é do interior de São Paulo...
Ivan Lins –
Foi quando aprendi a música regional. Ocorreu uma grande coincidência... ele saiu da RCA e foi "levantar" a editora da Continental, e o acervo de música regional brasileira dessa gravadora é o maior do Brasil. O Vitor começou a me apresentar àquilo que era a cara dele. Catiras, folias... e comecei a ver que aquilo é uma coisa maravilhosa. Aí comecei a fazer uma ligação. Vi que aquilo tinha a ver com as primeiras músicas que me lembrava de ouvir quando era criança, quando tinha dois, três anos. Não eram do interior do Brasil e sim do interior dos Estados Unidos porque morei lá dos dois aos cinco anos, em Boston. Então as minhas primeiras referências musicais eram americanas, canções do Stephen Forster, autor de Oh! Suzanna, e do Walt Disney, canções simples para crianças que até hoje me lembro. (...) Se você for a qualquer interior do mundo vai ver que o encadeamento harmônico e melódico é todo muito parecido. E é muito comovente porque é quase como a música infantil. Foi uma descoberta e isso começou a entrar pesado na minha música. E as minhas sertanejas são as que mais me comovem, como Sertaneja ("Êta saudade braba rondando meu coração...") – essa é uma das que eu mais tenho vontade de chorar quando ouço. Elas me lembram uma coisa nostálgica. Fiz Guarde nos Olhos, Saudades de Ituverava... Todas elas têm a palavra saudade. Mexem comigo de uma forma impressionante. Sou o mais mineiro dos cariocas. Tanto que eu moro em Teresópolis. Vai gostar de mato assim... (risos) Não sou praieiro, sou mateiro (risos).

CliqueMusic – Depois da fase de rouquidão, você sempre cantar em tons muito altos...
Ivan Lins –
Por influência de duas pessoas: do Milton e da Elis, que foram minhas duas primeiras grandes referências vocais brasileiras fortes. Não tinha nada de bossanovista. Quando o Milton apareceu foi um trator na minha vida. Então, aqueles agudos do Milton...

CliqueMusic – Mas recentemente você ficou mais suave...
Ivan Lins
– Sim, a partir do álbum Anjo de Mim (1995). Isso foi quando o Caetano começou a entrar na minha vida. Comecei a ouvir João Gilberto, Chet Baker... Vi um vídeo de Let’s Get Lost (filme sobre Chet). P., isso é que é bom: ser cool! (risos) Minha música virou toda. Fiz o Anjo de Mim, que é um disco carioca. Meu lado jobiniano veio todo. Tem uma música nesse disco que eu cantando pareço até o Jobim. Joguei os tons no porão. E fui gostando. Mas tem uma outra explicação: fui a uma professora de canto, Maria Lúcia Valadão. Achava que estava desafinando demais, tinha problemas de garganta. Ela virou: canta uma música aí: cantei o Começar de Novo no piano naquele tom original, lá em cima. E ela disse: "Pode parar! Vai para casa e traz ela amanhã dois tons abaixo". Não cobrou a consulta e me mandou embora. Aí me disse: "Eu conheço seu trabalho e há 20 anos você comete um crime com a sua voz, você está há 20 e tantos anos dormindo de touca."

CliqueMusic – As pessoas que detestam você sempre falam que você grita muito e faz muita careta...
Ivan Lins – Careta, não tem jeito. Vão continuar não gostando. (risos) Sou muito bandeiroso, eu não consigo. Vem tudo para a cara. Vejo meus tapes e eu mesmo fico horrorizado. Aí penso: vou tentar não fazer, depois vou ver o vídeo e fiz igualzinho (risos).

CliqueMusic – Você tem uma obra tão vasta e não tem nenhum songbook... Você não tem planos de fazer um?
Ivan Lins –
Tenho. O Almir Chediak já falou comigo 15 vezes...Mas tenho certa retração em relação à fórmula que ele usa. Não em relação às partituras, mas em relação a essa parte de CD. Entendo como songbook você poder pegar partitura, botar o CD e executar exatamente aquilo. Devo produzi-lo finalmente no ano que vem. Vou fazer um show e gravar toda minha parte de harmonia num piano acústico. Ela vai toda para o computador e vou botar em dois CDs. Um com meu piano e outra sem. Para o cara realmente tocar a harmonia original.

CliqueMusic – As pessoas que tocam as suas músicas em violão nunca chiaram não? Começar de Novo, por exemplo, tem 64 acordes...
Ivan Lins –
Sim. Chiam demais (risos). Eu reconheço que é f. (risos). Tanto não tocam que em serenatas minhas músicas ficam de fora.

CliqueMusic – E tem a história que você sempre compunha nos sustenidos e bemóis por causa da vitrola que você tinha na rotação alterada...
Ivan Lins
– Eu descobri que não era vitrola, era o piano. Quando comecei a aprender a tocar eu tocava num piano americano que ficava um semitom abaixo. Ia tirar as músicas do Luiz Eça e dos outros e caía tudo no sustenido, tudo nas teclas pretas. Então, no começo, quando tocava nos trios, só tocava em dó sustenido maior, si... Então os contrabaixistas ficavam loucos. "P., não tem nota solta", reclamavam. Só tinham aquelas que doem o dedo. Tinham que desafinar o baixo para tocar comigo. Uma vez, no programa Periscópio da TV Rio, conheci Clara Nunes, quando ela cantava bolero ainda... e aí ela chegava para cantar uma música e dizia que ia cantar em dó maior. E eu dava o dó sustenido maior, na maior cara de pau, porque não sabia tocar nas brancas. Eu não baixava. Se tinha que baixar, baixava para si. (risos) Dó, fá nem pensar.

CliqueMusic – Você acha que a imprensa brasileira tem algum preconceito com a sua música?
Ivan Lins
– Não acredito, mas acho que se produz muita música no Brasil e os espaços não estão democratizados. Então tudo se afunila em música de novela. Estamos num momento que já houve e voltou de novo. Hoje, música de qualidade no Brasil, se não passar na novela, não acontece. Mas a novela é o melhor detector que a música de qualidade com boa mídia vence. É só ver que a dupla Cristóvão Bastos e Aldir Blanc emplacou duas vezes com a Nana Caymmi que não é uma cantora fácil ou popular. Teve a novela Bravo (1975), com a trilha só com música erudita e nunca se vendeu tanta música clássica no Brasil como naquela época (risos). Carinhoso do Pixinguinha, com Márcio Montarroyos (da novela homônima de 1973) vendeu à beça também como tema. Por isso acredito num festival de MPB, mas não desse jeito que está aí – e sim divulgando dois meses antes as músicas em todos os lugares, rádios e tudo para haver uma torcida autêntica. Sem precisar tirar as vendagens dos Chitãozinho e Xororós, acho que existe um público que não tem a oportunidade de conhecer outras músicas e, no dia em que conhecer, vai poder consumir da mesma forma.

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