Ed Lincoln volta em disco de Ed Motta
Rei dos Bailes dos anos 60, o organista diz não apreciar o som que fazia na época: sua fascinação hoje é com os recursos musicais cibernéticos
Silvio Essinger
21/07/2000
O Rei dos Bailes está de volta. Ed Lincoln e seu órgão, sensação dançante dos anos 60, entram pelo ano 2000 em participação na música Conversa Mole, faixa do novo disco de outro Ed – o Motta –, que chega às lojas no começo do mês que vem. Aos 68 anos de idade, o músico se espanta com o interesse por seus discos antigos, que andaram embalando muita pista na Inglaterra nos anos 90. Suas gravações de Cochise e de Se Você Quiser freqüentaram as paradas de dance music do país e motivaram a pirataria (inglesa) de LPs que estavam há muito fora de catálogo. "Acho aquele som pobre, feio. Hoje você morre de rir ouvindo aquilo", dispara, surpreendentemente. "Nem lembrava de Se Você Quiser. Quando gravei, achei que fosse uma música sem expressão. Não sei o que [os ingleses] viram nela."
Quem for ao estúdio de Ed Lincoln, numa sala na Lapa (Rio de Janeiro) vai entender porque da rejeição: há muito ele se rendeu à tecnologia, gravando discos inteiros, com os mais avançados recursos sonoros, em seu computador. Suas experiências com a música eletrônica comerçaram em 1988, com um jurássico micro Commodore 64, onde ele gravou o disco Novo Toque. Hoje, quem conversar com Ed pode até se assustar, ouvindo-o discorrer sobre o Metallica e o Napster, e sobre a guerra de Lobão na Internet contra as gravadoras. Ele está constantemente plugado, baixando músicas do site mp3.com e procurando programas musicais na rede.
O fato do nome Ed Lincoln há muito não figurar em discos não significa que ele tenha deixado de gravar. Ao contrário: o músico continua produzindo – e muito – na área do easy listening, a popular música de elevador. Só que os discos, sempre com releituras instrumentais de sucessos nacionais e internacionais, são assinados com os mais variados nomes: Orquestra Los Angeles, Orquestra Romance Tropical, Gloria Benson... "Uma vez pediram uma entrevista com a Gloria!", diverte-se Ed.
Mas o organista não deixa de se render ao interesse do público por seu passado. Está preparando o relançamento em CD dos discos que lançou (como Ed Lincoln e De Savoya Combo) pela Savoya Discos, selo que montou sozinho em 1968. E planeja até o fim do ano voltar com sua célebre banda de bailes, com alguns dos membros originais. Ed Motta teria até se oferecido para produzir o disco da volta do grupo. "Meu negócio sempre foi fazer música para dançar", admite Lincoln, que conseguiu transmitir o legado profissional para os filhos, Marcos e Marcelo Sabóia, craques de estúdio que gravam alguns dos maiores nomes da MPB.
Quem for ao estúdio de Ed Lincoln, numa sala na Lapa (Rio de Janeiro) vai entender porque da rejeição: há muito ele se rendeu à tecnologia, gravando discos inteiros, com os mais avançados recursos sonoros, em seu computador. Suas experiências com a música eletrônica comerçaram em 1988, com um jurássico micro Commodore 64, onde ele gravou o disco Novo Toque. Hoje, quem conversar com Ed pode até se assustar, ouvindo-o discorrer sobre o Metallica e o Napster, e sobre a guerra de Lobão na Internet contra as gravadoras. Ele está constantemente plugado, baixando músicas do site mp3.com e procurando programas musicais na rede.
O fato do nome Ed Lincoln há muito não figurar em discos não significa que ele tenha deixado de gravar. Ao contrário: o músico continua produzindo – e muito – na área do easy listening, a popular música de elevador. Só que os discos, sempre com releituras instrumentais de sucessos nacionais e internacionais, são assinados com os mais variados nomes: Orquestra Los Angeles, Orquestra Romance Tropical, Gloria Benson... "Uma vez pediram uma entrevista com a Gloria!", diverte-se Ed.
Mas o organista não deixa de se render ao interesse do público por seu passado. Está preparando o relançamento em CD dos discos que lançou (como Ed Lincoln e De Savoya Combo) pela Savoya Discos, selo que montou sozinho em 1968. E planeja até o fim do ano voltar com sua célebre banda de bailes, com alguns dos membros originais. Ed Motta teria até se oferecido para produzir o disco da volta do grupo. "Meu negócio sempre foi fazer música para dançar", admite Lincoln, que conseguiu transmitir o legado profissional para os filhos, Marcos e Marcelo Sabóia, craques de estúdio que gravam alguns dos maiores nomes da MPB.
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