Festival Fábrica do Samba premia veteranos
Monarco, Dona Ivone Lara e Noca da Portela foram alguns dos vencedores do evento, encerrado no Rio no dia 8
Marco Antonio Barbosa
09/02/2003
Quem diria: do alto de uma carreira que se aproxima dos 60 anos, só agora é que Monarco pôde gabar-se de, afinal, ter vencido um festival de samba. O veterano portelense foi o grande ganhador da primeira edição do Fábrica do Samba, que teve sua finalíssima na madrugada de ontem (dia 8). Com Coração Feliz, parceria com o também portelense Mauro Diniz, Monarco levou um prêmio de R$ 100 mil - concedido pelo festival que agitou a comunidade do samba carioca desde outubro do ano passado e que recebeu mais de duas mil músicas inéditas.
A finalíssima do Fábrica do Samba se realizou no Maracanãzinho, coroando um processo de peneira feito nas escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro e também entre os novos compositores representantes de cinco universidades fluminenses. Entre os primeiros colocados no Fábrica do Samba, Monarco não foi o único representante das velhas guardas. Noca da Portela (com Libertação), Dona Ivone Lara (Razão de Nostalgia, parceria com Bruno Castro) e Darcy da Mangueira (Poeta de Verde e Rosa) ficaram respectivamente com o terceiro, quarto e quinto lugares. O vice-campeonato coube a Zé Antônio, da escola de samba Viradouro (Niterói, interior do RJ), com O Bicho.
Honrando um dos objetivos principais do evento, o jovem (21 anos) sambista Leandro Costa, representante da PUC-RJ, levou o prêmio de revelação por Minha Vó Tem um Crioulo. O samba de Leandro foi, visivelmente, o preferido pelo público. A cantora Dorina, que defendia sua própria composição Menino de Rua, ganhou o prêmio de melhor intérprete. Logo após a apresentação das 12 músicas concorrentes (selecionadas entre as 57 classificadas, em eliminatórias realizadas no mesmo Maracanãzinho nos fins de semana desde 16 de janeiro), houve uma apresentação de Beth Carvalho. Depois do anúncio dos vencedores, a animação ficou por conta do Fundo de Quintal. João Nogueira, o grande homenageado do Fábrica do Samba, emprestou seu nome ao troféu dado aos vitoriosos e foi relembrado no telão - no qual viram-se imagens suas cantando o clássico O Poder da Criação.
O grande número de inscritos nesta primeira edição do Fábrica do Samba se deveu também às atrativas somas em dinheiro oferecidas aos participantes. Cada um dos 57 concorrentes nas eliminatórias levou R$ 10 mil; os vencedores do primeiro ao sexto lugares ganharam, respectivamente, prêmios de R$ 100 mil, R$ 70 mil, R$ 50 mil, R$ 40 mil, R$ 30 mil e R$ 20 mil. O sambista revelação levou R$ 10 mil e a cantora Dorina ganhou um carro 0 Km, como melhor intérprete.
A generosidade dos prêmios se deveu ao empenho do diretor do evento, o empresário paulista José Maria Monteiro. Diretor da Mangueira e presidente do Instituto Ação Brasil Cultural (IABC), Monteiro (com a ajuda do curador Sergio Cabral) conseguiu expressivos aportes de patrocinadores como Mastercard, Banco do Brasil e Casas Bahia. O selo carioca Biscoito Fino promete colocar nas lojas até julho um CD com as 12 canções indicadas à finalíssima do evento. Os organizadores já anunciaram uma segunda edição da Fábrica do Samba, com inscrições abertas no Rio, São Paulo e Brasília, a partir de setembro.
A finalíssima do Fábrica do Samba se realizou no Maracanãzinho, coroando um processo de peneira feito nas escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro e também entre os novos compositores representantes de cinco universidades fluminenses. Entre os primeiros colocados no Fábrica do Samba, Monarco não foi o único representante das velhas guardas. Noca da Portela (com Libertação), Dona Ivone Lara (Razão de Nostalgia, parceria com Bruno Castro) e Darcy da Mangueira (Poeta de Verde e Rosa) ficaram respectivamente com o terceiro, quarto e quinto lugares. O vice-campeonato coube a Zé Antônio, da escola de samba Viradouro (Niterói, interior do RJ), com O Bicho.
Honrando um dos objetivos principais do evento, o jovem (21 anos) sambista Leandro Costa, representante da PUC-RJ, levou o prêmio de revelação por Minha Vó Tem um Crioulo. O samba de Leandro foi, visivelmente, o preferido pelo público. A cantora Dorina, que defendia sua própria composição Menino de Rua, ganhou o prêmio de melhor intérprete. Logo após a apresentação das 12 músicas concorrentes (selecionadas entre as 57 classificadas, em eliminatórias realizadas no mesmo Maracanãzinho nos fins de semana desde 16 de janeiro), houve uma apresentação de Beth Carvalho. Depois do anúncio dos vencedores, a animação ficou por conta do Fundo de Quintal. João Nogueira, o grande homenageado do Fábrica do Samba, emprestou seu nome ao troféu dado aos vitoriosos e foi relembrado no telão - no qual viram-se imagens suas cantando o clássico O Poder da Criação.
O grande número de inscritos nesta primeira edição do Fábrica do Samba se deveu também às atrativas somas em dinheiro oferecidas aos participantes. Cada um dos 57 concorrentes nas eliminatórias levou R$ 10 mil; os vencedores do primeiro ao sexto lugares ganharam, respectivamente, prêmios de R$ 100 mil, R$ 70 mil, R$ 50 mil, R$ 40 mil, R$ 30 mil e R$ 20 mil. O sambista revelação levou R$ 10 mil e a cantora Dorina ganhou um carro 0 Km, como melhor intérprete.
A generosidade dos prêmios se deveu ao empenho do diretor do evento, o empresário paulista José Maria Monteiro. Diretor da Mangueira e presidente do Instituto Ação Brasil Cultural (IABC), Monteiro (com a ajuda do curador Sergio Cabral) conseguiu expressivos aportes de patrocinadores como Mastercard, Banco do Brasil e Casas Bahia. O selo carioca Biscoito Fino promete colocar nas lojas até julho um CD com as 12 canções indicadas à finalíssima do evento. Os organizadores já anunciaram uma segunda edição da Fábrica do Samba, com inscrições abertas no Rio, São Paulo e Brasília, a partir de setembro.