Festival Humaitá Pra Peixe chega aos dez anos
BNegão e Pato Fu são as estrelas do evento, que vai virar gravadora para lançar o novíssimo pop carioca
Marco Antonio Barbosa
05/01/2004
Há dez anos consecutivos, o festival Humaitá Pra Peixe vem ditando as regras da cena alternativa carioca. Tendo o Espaço Cultural Sergio Porto (RJ) como seu abrigo principal, o multievento comandado pelo produtor Bruno Levinson mistura poesia, música e performances para agitar o underground do Rio. Os números atestam o sucesso: na história do festival, mais de 1300 artistas, em cerca de 180 shows, ocuparam um total de 90 dias de evento, assistido por um público estimado em 70 mil pessoas. Comemorando o sucesso, o Humaitá Pra Peixe 2004 vem vitaminado. Não apenas haverá shows nas casas noturnas Melt e Canecão (a mais tradicional do Rio de Janeiro), como também a décima edição marca o lançamento do selo Cardume, empenhado em "pescar" novos talentos. Serão 16 artistas (mais uma série de convidados surpresa), tudo culminando numa festa no Canecão, dia 3 de fevereiro, com o Pato Fu como grande atração.
"Ter um selo é um sonho antigo da produção do festival, que se torna realidade graças à parceria estabelecida com a (gravadora multinacional) EMI. Com isso, certamente, 2004 será um ano de muitos 'eventos Cardume'", fala Bruno Levinson sobre o selo. Quatro dos artistas do Humaitá Pra Peixe deste ano compõem o cast inicial do Cardume: os grupos cariocas Jimi James e Bangalafumenga, a cantora Thalma de Freitas (RJ) e o pernambucano China (ex-vocalista do grupo Sheik Tosado). Em março, cada um dos nomes do elenco lançará seu CD individual, um EP com seis faixas. De aperitivo, cada pessoa a comparecer no Espaço Sérgio Porto leva de brinde um single individual dos artistas do selo. Nunca é demais lembrar que o HPP já serviu de plataforma para uma série de nomes hoje consolidados no pop nacional - Planet Hemp, Farofa Carioca, Max de Castro, Pedro Luís e Autoramas passaram por lá em edições passadas.
O formato do HPP 2004 mudou para combinar com a efervescência produtiva de Levinson & Cia. Além do Espaço Sergio Porto - que terá shows nas terça e quartas - a boate Melt, no bairro do Leblon, associou-se ao evento. A programação na Melt será especial: o rapper BNegão fará as vezes de anfitrião, todas as segundas-feiras de janeiro, reunindo convidados da cena hip hop carioca. Junto ao grupo Os Seletores de Freqüência, BNegão vai cantar o repertório de seu elogiado disco solo Enxugando Gelo - lançado junto à revista Outra Coisa, editada por Lobão. Completando o programa, haverá discotecagem do DJ Castro.
Quem toca e quando
No Espaço Cultural Sergio Porto (terças e quartas de janeiro, 19h): Rua Humaitá, 163. R$15,00:
Dia 6: O MC Marechal traz seu rap vindo de Niterói, com vários convidados especiais.
Dia 7: China, ex-Sheik Tosado, mostra seu autodenominado "samba nervoso". Logo depois vem o guitarrista Pedro Baby, filho de Baby do Brasil e Pepeu Gomes.
Dia 13: Rubinho Jacobina, filho de Nelson Jacobina, apresenta sua MPB moderna. Depois, o carioca Nervoso (conhecido como baterista de grupos como Acabou La Tequila, Autoramas, Beach Lizards e Matanza) mostra sua porção cantor/compositor.
Dia 14: Ari Moraes é o terceiro filho de famosos a tocar no HPP 2004 - é filho de Moraes Moreira. Depois, o rock malandro e "pseudolatino" do Acabou La Tequila invade o palco. O grupo, desativado há quatro anos, faz seu show de comeback.
Dia 20: Som mais pesado hoje, com o hardcore dos novatos Emo e o som suingado e potente do grupo Jimi James.
Dia 21: Baiano e prometendo fundir cultura afro com alta tecnologia, Quito Ribeiro abre a noite. O grupo Bangalafumenga segue com sua descontraída MPC (música popular carioca) logo após.
Dia 27: A eletrônica dá as cartas, com o set do DJ Marcelinho da Lua e o show do grupo Superágua.
Dia 28: A cantora Nise Palhares, influenciada por Cássia Eller e Legião Urbana, abre os trabalhos. Depois é a vez de Thalma de Freitas, caprichando na revitalização do samba.
Na boate Melt (todas as segundas de janeiro, 22h): Rua Rita Ludolf, 47, Leblon. R$15,00: BNegão & Os Seletores de Freqüência + convidados.
No Canecão (dia 3 de fevereiro, 21h30): Rua Venceslau Brás, 215, Botafogo. R$ 20,00: Pato Fu, China, Jimi James e Bangalafumenga.
"Ter um selo é um sonho antigo da produção do festival, que se torna realidade graças à parceria estabelecida com a (gravadora multinacional) EMI. Com isso, certamente, 2004 será um ano de muitos 'eventos Cardume'", fala Bruno Levinson sobre o selo. Quatro dos artistas do Humaitá Pra Peixe deste ano compõem o cast inicial do Cardume: os grupos cariocas Jimi James e Bangalafumenga, a cantora Thalma de Freitas (RJ) e o pernambucano China (ex-vocalista do grupo Sheik Tosado). Em março, cada um dos nomes do elenco lançará seu CD individual, um EP com seis faixas. De aperitivo, cada pessoa a comparecer no Espaço Sérgio Porto leva de brinde um single individual dos artistas do selo. Nunca é demais lembrar que o HPP já serviu de plataforma para uma série de nomes hoje consolidados no pop nacional - Planet Hemp, Farofa Carioca, Max de Castro, Pedro Luís e Autoramas passaram por lá em edições passadas.
O formato do HPP 2004 mudou para combinar com a efervescência produtiva de Levinson & Cia. Além do Espaço Sergio Porto - que terá shows nas terça e quartas - a boate Melt, no bairro do Leblon, associou-se ao evento. A programação na Melt será especial: o rapper BNegão fará as vezes de anfitrião, todas as segundas-feiras de janeiro, reunindo convidados da cena hip hop carioca. Junto ao grupo Os Seletores de Freqüência, BNegão vai cantar o repertório de seu elogiado disco solo Enxugando Gelo - lançado junto à revista Outra Coisa, editada por Lobão. Completando o programa, haverá discotecagem do DJ Castro.
Quem toca e quando
No Espaço Cultural Sergio Porto (terças e quartas de janeiro, 19h): Rua Humaitá, 163. R$15,00:
Dia 6: O MC Marechal traz seu rap vindo de Niterói, com vários convidados especiais.
Dia 7: China, ex-Sheik Tosado, mostra seu autodenominado "samba nervoso". Logo depois vem o guitarrista Pedro Baby, filho de Baby do Brasil e Pepeu Gomes.
Dia 13: Rubinho Jacobina, filho de Nelson Jacobina, apresenta sua MPB moderna. Depois, o carioca Nervoso (conhecido como baterista de grupos como Acabou La Tequila, Autoramas, Beach Lizards e Matanza) mostra sua porção cantor/compositor.
Dia 14: Ari Moraes é o terceiro filho de famosos a tocar no HPP 2004 - é filho de Moraes Moreira. Depois, o rock malandro e "pseudolatino" do Acabou La Tequila invade o palco. O grupo, desativado há quatro anos, faz seu show de comeback.
Dia 20: Som mais pesado hoje, com o hardcore dos novatos Emo e o som suingado e potente do grupo Jimi James.
Dia 21: Baiano e prometendo fundir cultura afro com alta tecnologia, Quito Ribeiro abre a noite. O grupo Bangalafumenga segue com sua descontraída MPC (música popular carioca) logo após.
Dia 27: A eletrônica dá as cartas, com o set do DJ Marcelinho da Lua e o show do grupo Superágua.
Dia 28: A cantora Nise Palhares, influenciada por Cássia Eller e Legião Urbana, abre os trabalhos. Depois é a vez de Thalma de Freitas, caprichando na revitalização do samba.
Na boate Melt (todas as segundas de janeiro, 22h): Rua Rita Ludolf, 47, Leblon. R$15,00: BNegão & Os Seletores de Freqüência + convidados.
No Canecão (dia 3 de fevereiro, 21h30): Rua Venceslau Brás, 215, Botafogo. R$ 20,00: Pato Fu, China, Jimi James e Bangalafumenga.