Formato não cumpre o que promete
O formato MaFuKa, que prometia ser melhor do que o MP3, é ao mesmo tempo uma fraude e um método de compressão bastante eficiente
Paulo Rebêlo
24/11/2000
Uma compressão de 60% no tamanho de um arquivo MP3. Com essa chamada, os responsáveis pela distribuição do formato MFK conseguiram fazer com que a indústria de tecnologia corresse em busca dos programas.
O interesse durou pouco. Trata-se de uma espécie de farsa, muito bem estruturada e inteligente, mas logo descoberta. Seria um erro de interpretação por parte dos usuários ou uma campanha publicitária maliciosa dos produtores?
A partir de um comunicado do leitor Raphael Castro Mota em relação a uma nota que publicamos aqui, CliqueMusic analisou exaustivamente todas as operações dos programas MFK, a permuta na entrada e saída de informações, as variações de espaço livre e ocupado nos discos rígidos e apresenta, em detalhes, como funciona o esquema.
Entenda o processo
Primeiramente, o usuário é convidado a converter sua MP3 para o formato MFK, reduzindo o tamanho final do arquivo em até 60%. Ao reproduzir (tocar) a música no MFK Player, não é notada uma perda de qualidade e a música prossegue até o fim, sem problema algum.
É interessante observar, contudo, que uma das ferramentas inclusas no pacote MFK é o “Decompressor”, que serve para transformar de volta o MFK em MP3.
Ao converter o MP3 para MFK, é gerado um arquivo binário qualquer, com apenas 40% do tamanho original, o que representa uma economia de quase um terço. Quando o usuário abre a música pelo MFK Player, o programa faz a conversão inversa (de volta para MP3) de forma escondida. O segredo, porém, é que o arquivo gerado não tem um nome parecido, muito menos usa um formato conhecido.
A música fica armazenada em um diretório temporário do Windows (geralmente o \TEMP), com um nome cheio de caracteres estranhos (ex.: Tpv!Tfv!Tbcjâ) e com a extensão “nq4”. O arquivo “nq4” nada mais é do que uma cópia do arquivo MP3. Ou seja, o MFK Player reproduz um MP3. Alarme falso.
Paulo Rebêlo é editor da revista Plural Web
Leia também:
Codificador da Microsoft quer aposentar MP3
O interesse durou pouco. Trata-se de uma espécie de farsa, muito bem estruturada e inteligente, mas logo descoberta. Seria um erro de interpretação por parte dos usuários ou uma campanha publicitária maliciosa dos produtores?
A partir de um comunicado do leitor Raphael Castro Mota em relação a uma nota que publicamos aqui, CliqueMusic analisou exaustivamente todas as operações dos programas MFK, a permuta na entrada e saída de informações, as variações de espaço livre e ocupado nos discos rígidos e apresenta, em detalhes, como funciona o esquema.
Entenda o processo
Primeiramente, o usuário é convidado a converter sua MP3 para o formato MFK, reduzindo o tamanho final do arquivo em até 60%. Ao reproduzir (tocar) a música no MFK Player, não é notada uma perda de qualidade e a música prossegue até o fim, sem problema algum.
É interessante observar, contudo, que uma das ferramentas inclusas no pacote MFK é o “Decompressor”, que serve para transformar de volta o MFK em MP3.
Ao converter o MP3 para MFK, é gerado um arquivo binário qualquer, com apenas 40% do tamanho original, o que representa uma economia de quase um terço. Quando o usuário abre a música pelo MFK Player, o programa faz a conversão inversa (de volta para MP3) de forma escondida. O segredo, porém, é que o arquivo gerado não tem um nome parecido, muito menos usa um formato conhecido.
A música fica armazenada em um diretório temporário do Windows (geralmente o \TEMP), com um nome cheio de caracteres estranhos (ex.: Tpv!Tfv!Tbcjâ) e com a extensão “nq4”. O arquivo “nq4” nada mais é do que uma cópia do arquivo MP3. Ou seja, o MFK Player reproduz um MP3. Alarme falso.
Paulo Rebêlo é editor da revista Plural Web
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