Fusão EMI Time Warner preocupa União Européia

Duas grandes gravadoras juntas podem desestimular a competição e criar uma política de preços altos, pensam as autoridades européias. Outras superfusões estão a caminho

CliqueMusic
18/09/2000
A União Européia (UE) pode bloquear a proposta de aquisição da gravadora EMI pelo grupo Time Warner. Estimado em US$ 20 bilhões, o negócio criaria a maior empresa da indústria do disco. Um dos maiores receios da UE é o domínio que as duas empresas juntas teriam no campo da distribuição de música digital via internet, possivelmente refletindo na fixação de preços e no licenciamento de canções.

As empresas negociam concessões – a EMI pode abrir mão de alguns selos, por exemplo – de forma a obter a aprovação para a fusão.

A fusão da EMI com a Warner viria na seqüência da fusão da America Online com a Time Warner. A expectativa, segundo informou a agência Reuters, é a de que os negócios sejam aprovados.

Aguardando a decisão da União Européia sobre as fusões AOL/Time Warner e Warner EMI Music estão outras grandes empresas, em processo semelhante. Vivendi, Canal Plus e Seagram pretendem criar um só negócio combinando os serviços de comunicação sem fio da Vivendi, a produção de TV e filmes da Canal Plus e as propriedades da Seagram no ramo do entretenimento, que incluem Universal Studios e Universal Music Group.

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