Gil brilha na abertura do PercPan
O baiano, tocando só com o percussionista Marcos Suzano, foi o grande destaque da primeira noite do festival, no Recife
José Teles (Recife)
23/11/2001
Dedicado por Gilberto Gil ao percussionista Naná Vasconcelos ("Queria oferecer a ele todo nosso trabalho nesses três dias", falou o baiano), o PercPan, em sua primeira edição pernambucana, levou ontem (dia 22) à noite cerca de dez mil pessoas à praça do Marco Zero no Recife. A rigor o Panorama Percussivo Mundial só teve percussão para valer mesmo no grupo português Tocá Rufar. Formado por oito integrantes, cada qual com tambores de diferentes formatos, os músicos lusos foram os únicos da noite a não incursionar pelo terreno da canção popular. A outra exceção seria o Maracatu Nação Pernambuco, grupo local, que faz uma estilização de maracatu de baques virado e solto e caboclinhos, com bailarinos e muito colorido. Uma mistura que vem dando certo desde fins dos anos 80. Porém maracatu para inglês ver.
No mais, a percussão serviu como complemento para as canções do Boi Bumbá de Parintins (inusitada união dos Boi Caprichoso e Bumba, do Amazonas), uma espécie de axé da floresta, e Carlinhos Brown, que anunciou que faria uma demonstração de uma nova técnica de tocar o surdo virado. Fez isso só no início do show, mas, como também havia prometido, tornou a platéia feliz ao mostrar as composições mais conhecidas dos seus discos. Brown terminou a noite com um inesperado Happy Birthday to You. No caso, um happy birthday; pra ele mesmo, que aniversaria hoje (23).
O ponto alto da noite foi um incansável Gilberto Gil. Acompanhado por Marcos Suzano, entre uma e outra atração, ele repassou várias fases de sua carreira. Um momento raro de ouvi-lo em sau fase tropicalista. Gil tirou do baú, entre outras, Frevo Rasgado e Pega a Voga Cabeludo, ambas do seu álbum de 1968.
O festival prossegue hoje (dia 23) e amanhã (24) com o cavalo marinho do Mestre Salustiano da Rabeca, o kora do senagalês Soriba Kouyaté, o batuque feminino das argentinas do Tamboro Mutanta e Rita Lee sua Talebanda (João Barone, Dadi, Ary Dias, Wiliams Magalhães e Roberto Carvalho), grupo formado especialmente para o festival.
No mais, a percussão serviu como complemento para as canções do Boi Bumbá de Parintins (inusitada união dos Boi Caprichoso e Bumba, do Amazonas), uma espécie de axé da floresta, e Carlinhos Brown, que anunciou que faria uma demonstração de uma nova técnica de tocar o surdo virado. Fez isso só no início do show, mas, como também havia prometido, tornou a platéia feliz ao mostrar as composições mais conhecidas dos seus discos. Brown terminou a noite com um inesperado Happy Birthday to You. No caso, um happy birthday; pra ele mesmo, que aniversaria hoje (23).
O ponto alto da noite foi um incansável Gilberto Gil. Acompanhado por Marcos Suzano, entre uma e outra atração, ele repassou várias fases de sua carreira. Um momento raro de ouvi-lo em sau fase tropicalista. Gil tirou do baú, entre outras, Frevo Rasgado e Pega a Voga Cabeludo, ambas do seu álbum de 1968.
O festival prossegue hoje (dia 23) e amanhã (24) com o cavalo marinho do Mestre Salustiano da Rabeca, o kora do senagalês Soriba Kouyaté, o batuque feminino das argentinas do Tamboro Mutanta e Rita Lee sua Talebanda (João Barone, Dadi, Ary Dias, Wiliams Magalhães e Roberto Carvalho), grupo formado especialmente para o festival.
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