Indústria de música online floresce. Na Ásia.

EMI, BMG e Microsoft montam parcerias com sites do continente asiático para a venda de música por download usando o formato Windows Media. A parceria envolve participação acionária

Vicente Tardin
16/05/2001
Matéria fornecida por Web Insider A distribuição de músicas pela internet está começando a florescer como negócio – mas longe daqui. Na Ásia se nota um interesse bem mais ativo por parte de grandes gravadoras. Segundo informações da Reuters, pelo menos duas majors estão adquirindo parte de empresas distribuidoras ou fazendo parcerias com ações mais positivas na Ásia do que na Europa ou nos Estados Unidos.

A Soundbuzz, de Cingapura, foi a primeira a assinar contrato com a EMI e com a BMG, em outubro e dezembro do ano passado respectivamente. A Soundbuzz atua em 10 países asiáticos, trabalha com 50 selos e distribui canções para sites como Lycosasia.com e MSN.com.

Em seguida a GigaMedia, de Taiwan, tornou-se a segunda parceira da EMI no continente para vender músicas por download. A GigaMedia é provedora de acesso rápido à internet em Taiwan e venderá parte de seu site musical Juice.com para a EMI. A parceria estreará operações no final deste ano e abrange o catálogo internacional da EMI e os artistas locais.

A Microsoft é dona de 10% da GigaMusic, que assim como a Soundbuzz, utilizará o formato Windows Media Audio (WMA).

De acordo com a IDC, a venda de música por download na região asiática do Pacífico deve chegar aos US$ 307,47 milhões em 2004, partindo de apenas cerca de US$ 500 mil em 1999. Isso representa um crescimento anual de 260%. Já as vendas de CDs crescerão apenas 92% nesse mesmo período, segundo a IDC.

Na China mais de 50% dos cassetes, CDs e mini-discs são piratas. Hong Kong, Índia, Malásia e Tailândia têm índices entre 25% e 50%. Já Austrália e Japão têm índices bem menores, em torno de 10%, o mesmo nível de pirataria registrado nos EUA.

Se a China é campeã de pirataria de discos, o desonroso segundo lugar é nosso. De acordo com dados da Aliança Internacional de Propriedade Intelectual (IIPA, na sigla em inglês), a pirataria no Brasil causou prejuízo da ordem de US$ 956 milhões em 2000, incluindo as indústrias de software, fonográfica, entretenimento e livros. O país perde no mundo todo apenas para a China, com US$ 978,7 milhões em prejuízo no ano passado.