Ira! festeja 20 anos com especial na MTV
Em apresentação, gravada para virar também um disco ao vivo, a banda paulistana passou em revista os seus hits para um público fiel que não se deixou espantar nem pela chuva
Carlos Calado
02/09/2000
As chuvas que caíram durante toda a noite de sexta-feira em São Paulo não diminuíram a animação da festa. Antecipando seu 20º aniversário, que acontece no próximo ano, a banda paulista Ira! gravou seu primeiro disco ao vivo, no auditório do Memorial da América Latina. Nem o atraso de quase duas horas para o início da gravação, marcada para 20h, diminuiu a excitação do fã-clube da banda, que se espremeu à frente do palco, ergueu os punhos e dançou durante a maior parte do show, seguindo a música de Edgard Scandurra (guitarra), Nasi (vocal), Ricardo Gaspa (baixo) e André Jung (bateria). Cerca de 900 pessoas assistiram à gravação, que também vai render um programa da nova série MTV ao Vivo, com exibição na emissora prevista para o início de novembro, simultaneamente ao lançamento do álbum.
“Não dá para escolher público, mas a gente tem um público que é do caralho”, agradeceu Scandurra, já quase ao final do show, no melhor estilo roqueiro, logo depois de tocar o hit Pobre Paulista (gravado pela primeira vez em 83, no compacto de estréia da banda), que foi cantada aos berros pela platéia. Catarse presente em vários momentos da noite, com o fã-clube gritando os versos de canções essenciais na história do Ira!, como Envelheço na Cidade, Bebendo Vinho, Flores em Você, Gritos na Multidão (a primeira do roteiro), Dias de Luta e Núcleo Base, que fechou o show.
Fiel à sua origem punk, a banda paulista parece ter acertado ao rejeitar o formato acústico popularizado pela MTV. A única concessão surgiu no arranjo de Tolices, com Scandurra trocando a guitarra pelo violão e Jung tocando bongô. Colegas e figuras importantes na história da banda também foram lembrados na apresentação de duas das quatro canções inéditas: o produtor Suba, Chico Science, Cazuza e Renato Russo, na balada Em Memória; Júlio Barroso e Ciro Pessoa em Inundação de Amor, que contou com a participação do do DJ Ramilson Maia. Já em À Primeira Vista (outra inédita), subiu ao palco Fábio Golfetti, da banda Violeta de Outono. Uma festa bem ao gosto do rock paulista dos anos 80.
“Não dá para escolher público, mas a gente tem um público que é do caralho”, agradeceu Scandurra, já quase ao final do show, no melhor estilo roqueiro, logo depois de tocar o hit Pobre Paulista (gravado pela primeira vez em 83, no compacto de estréia da banda), que foi cantada aos berros pela platéia. Catarse presente em vários momentos da noite, com o fã-clube gritando os versos de canções essenciais na história do Ira!, como Envelheço na Cidade, Bebendo Vinho, Flores em Você, Gritos na Multidão (a primeira do roteiro), Dias de Luta e Núcleo Base, que fechou o show.
Fiel à sua origem punk, a banda paulista parece ter acertado ao rejeitar o formato acústico popularizado pela MTV. A única concessão surgiu no arranjo de Tolices, com Scandurra trocando a guitarra pelo violão e Jung tocando bongô. Colegas e figuras importantes na história da banda também foram lembrados na apresentação de duas das quatro canções inéditas: o produtor Suba, Chico Science, Cazuza e Renato Russo, na balada Em Memória; Júlio Barroso e Ciro Pessoa em Inundação de Amor, que contou com a participação do do DJ Ramilson Maia. Já em À Primeira Vista (outra inédita), subiu ao palco Fábio Golfetti, da banda Violeta de Outono. Uma festa bem ao gosto do rock paulista dos anos 80.