Ivan Lins ensaia com Sting e reestréia show

Rodrigo Faour
09/01/2001
Ivan Lins volta ao Rio com seu show A Cor do Pôr-do-Sol, desta vez no Teatro Rival, de amanhã ao dia 20, sempre de quarta a sábado. Antes de estrear, o cantor e compositor foi surpreendido por dois fatos inesperados. O primeiro é que ele está concorrendo ao Grammy, indiretamente, em duas categorias. Sting foi indicado a Melhor Vocal Pop (por She Walks this Earth, versão de Soberana Rosa) e o falecido saxofonista Groover Washington Jr. a Melhor Performance Instrumental Pop (por Camaleão) - ambas são faixas do CD-tributo A Love Affair - The Music of Ivan Lins. O segundo fato curioso foi o convite de Sting - de passagem pelo Brasil, para atuar na abertura do Rock in Rio, na próxima sexta-feira, dia 12 - para conhecê-lo pessoalmente. O roqueiro inglês queria que Ivan fosse com ele até a quadra da Mangueira, mas Ivan preferiu jantar em sua companhia. Sting concordou e os dois foram para o Satyricon, em Ipanema, anteontem à noite.

"A gente não se conhecia. Tínhamos apenas trocado faxes. Mas, pessoalmente, nunca havíamos nos cruzado. Eu já havia visto um documentário sobre sua vida e sempre o achei uma pessoa espetacular, que tem uma bela forma de conduzir sua carreira. Durante nosso encontro, ele correspondeu às minhas expectativas, é um cara simpático", elogia Ivan, que recebeu do roqueiro um novo convite. Desta vez, para tocarem juntos num estúdio no dia seguinte. "Ele disse que iria para o estúdio A.R., com o Marcos Suzano, num horário que ele teria livre, entre 17h e 19h. Como eu também estava sem nada pra fazer naquela hora, topei. Nós ficamos duas horas tocando sem compromisso. Ele tinha um tema novo - ainda sem nome - que havia composto e ficamos tocando piano, violão e percussão. Foi muito bom", atesta.

Ivan ainda não decidiu se vai gravar ao vivo seu novo espetáculo ou se irá comemorar seus 30 anos de carreira com algum CD. Quanto ao show do Rival, ele promete aproveitar o ensejo e recordar vários de seus sucessos durante o bis, a exemplo do que fez no início dos anos 90 no Jazzmania carioca, quando levou o público ao delírio dando de oito a dez bis.