João Gordo revê carreira em coletânea
'O disco é uma grande encheção de lingüiça', diz o vocalista dos punks Ratos de Porão, que escapou da morte e agora optou por uma vida saudável
Tom Cardoso
26/05/2000
Depois de ter levado um susto por causa de uma broncopneumonia há alguns meses, o líder dos Ratos de Porão e apresentador da MTV João Gordo mudou radicalmente a sua rotina de vida – trocou as costelinhas de porco com Fanta uva por uma dieta saudável, parou de fumar e jura que hoje só toma umas cervejinhas.
Apesar da vida regrada, o vocalista do Ratos de Porão continua mais debochado do que nunca. Sobre a primeira coletânea dos Ratos, Só Crássicos (RDS Fonográfica), que acaba de chegar às lojas, ele só tem a dizer que é "uma encheção de lingüiça": "Esse disco não deu trabalho nenhum, só fizemos porque a RDS encheu o nosso saco."
O CD é um bom apanhado dos quase 20 anos de carreira do Ratos de Porão. Tem faixas conhecidas, como Crucificados pelo Sistema e Anarkophobia e outras mais obscuras, caso de Diet Paranóia e Video Macumba. Em Direito de Fumar, uma espécie de hino ao tabaco composto em 1995, João Gordo protestava: "Tô cagando um monte, se você aprova ou não/ Fumo na sua casa, na igreja ou no caixão". De fato, o vocalista quase acabou fumando no caixão. "Hoje pensaria duas vezes antes de compor uma música como essa. O cigarro é uma m..., quase acabou comigo", reconhece.
João está mesmo empolgado com os dois discos que o Ratos de Porão deve colocar no mercado no segundo semestre. O primeiro, Sistemados pelo Crucifa, será lançado em agosto nos EUA e na Europa, onde o grupo já tem um público fiel no circuito independente. "Não considero o Ratos uma banda brasileira. A gente nunca foi reconhecido por aqui e não deve ser tão cedo", afirma.
Canibalismo na capa
Apesar do rancoroso com o mercado nacional, João não esconde a animação com o disco Guerra Civil Canibal, que a banda deve lançar em breve por aqui. O vocalista se delicia ao comentar a capa do álbum. "Vai ser bem escrota. Vamos mostrar um cara, um refugiado de guerra, se alimentando da própria perna", adianta.
O tempo que passou na UTI também serviu de inspiração ao vocalista. "Uma das faixas que eu mais gosto chama-se Obesidade Mórbida Constitucional, um hardcore que termina com a narração do meu boletim médico", conta. Enquanto os discos não são lançados, João Gordo começa a preparar o seu novo talk show, um programa diário pela MTV, que também deve estrear em agosto.
Apesar da vida regrada, o vocalista do Ratos de Porão continua mais debochado do que nunca. Sobre a primeira coletânea dos Ratos, Só Crássicos (RDS Fonográfica), que acaba de chegar às lojas, ele só tem a dizer que é "uma encheção de lingüiça": "Esse disco não deu trabalho nenhum, só fizemos porque a RDS encheu o nosso saco."
O CD é um bom apanhado dos quase 20 anos de carreira do Ratos de Porão. Tem faixas conhecidas, como Crucificados pelo Sistema e Anarkophobia e outras mais obscuras, caso de Diet Paranóia e Video Macumba. Em Direito de Fumar, uma espécie de hino ao tabaco composto em 1995, João Gordo protestava: "Tô cagando um monte, se você aprova ou não/ Fumo na sua casa, na igreja ou no caixão". De fato, o vocalista quase acabou fumando no caixão. "Hoje pensaria duas vezes antes de compor uma música como essa. O cigarro é uma m..., quase acabou comigo", reconhece.
João está mesmo empolgado com os dois discos que o Ratos de Porão deve colocar no mercado no segundo semestre. O primeiro, Sistemados pelo Crucifa, será lançado em agosto nos EUA e na Europa, onde o grupo já tem um público fiel no circuito independente. "Não considero o Ratos uma banda brasileira. A gente nunca foi reconhecido por aqui e não deve ser tão cedo", afirma.
Canibalismo na capa
Apesar do rancoroso com o mercado nacional, João não esconde a animação com o disco Guerra Civil Canibal, que a banda deve lançar em breve por aqui. O vocalista se delicia ao comentar a capa do álbum. "Vai ser bem escrota. Vamos mostrar um cara, um refugiado de guerra, se alimentando da própria perna", adianta.
O tempo que passou na UTI também serviu de inspiração ao vocalista. "Uma das faixas que eu mais gosto chama-se Obesidade Mórbida Constitucional, um hardcore que termina com a narração do meu boletim médico", conta. Enquanto os discos não são lançados, João Gordo começa a preparar o seu novo talk show, um programa diário pela MTV, que também deve estrear em agosto.