Kiko Zambianchi quer reviver boa fase
Cantor assina contrato com a Abril Music e faz um alerta para Paulo Ricardo: "Ele deveria parar de cantar baba na televisão"
Tom Cardoso
30/03/2001
Começos dos anos 90. Leandro e Leonardo, Plano Collor, Banda Eva, Daniela Mercury... A cena musical e política não era das melhores. Para a turma roqueira, que na década anterior tinha dominado as rádios brasileiras, o cenário era catastrófico. Kiko Zambianchi achava essa fase passageira. Ledo engano. "Num primeiro momento até achei bom, pois eu vinha de uma superexposição na mídia (ele estourou na trilha sonora da novela global Top Model com a versão de Hey Jude 
, dos Beatles) e precisava dar um tempo. Mas não imaginava que esse tempo seria tão longo. Roqueiro não tinha vez — "todo mundo odiava a gente", conta Zambianchi, que hoje vive de novo uma boa fase.
Excursionando com o Capital Inicial desde o lançamento do Acústico MTV, disco que já ultrapassou 500 mil cópias, Kiko acaba de acertar um contrato com a Abril Music, a mesma gravadora da banda brasiliense. A última aventura solo ocorreu em 1997, quando o cantor lançou o álbum KZ, um grande fiasco de vendas. Agora tudo promete ser diferente. "Tenho um entrosamento legal com o pessoal da Abril Music. "O Marcos Maynard (presidente da gravadora) é um cara de quem gosto muito e que tem investido em músicos da minha geração (os Titãs assinaram contrato com a gravadora) ", anima-se. Porém, o grande trunfo será mesmo o repertório do novo disco, segundo ele recheado de canções inéditas, bem no estilo pop/rock que consagrou canções como Rolam as Pedras e Choque .
"O surgimento de bandas como Raimundos e Charlie Brown Jr. foi fundamental para o fortalecimento do rock nacional. Tenho orgulho de nunca ter abandonado o meu estilo, apesar de receber propostas para gravar música brega", diz Zambianchi. "Veja um cara com o potencial do Paulo Ricardo. Deixou uma grande banda como o RPM para ficar cantando baba na televisão. Toda vez que o encontro ele toca rock’n’roll no violão. É claro que se arrependeu amargamente de ter virado o cantor brega que é hoje".
Zambianchi tem aproveitado a extensa turnê com o Capital Inicial pelo Brasil para compor algumas canções do novo disco. Aposta no apelo popular da faixa Norte e Sul para repetir o sucesso dos anos 80. "É um rock’n’roll. Gosto muito desta canção, tem alguns toques fortes". Com o escritor Marcelo Rubens Paiva, com quem mora atualmente e que se tornou um parceiro constante (Logo de Cara, a parceria de estréia, foi gravada pelo Ira! em seu último disco, Ao Vivo MTV), Kiko promete outras boas canções. Ambos trabalharam recentemente com a dançarina Suzana Alves, a Tiazinha – Kiko produziu o CD e Paiva escreveu o roteiro para o programa de televisão. "Ela é uma garota legal", diz um pouco constrangido o autor de Primeiros Erros (Chove) , com a esperança de que a fase difícil seja enterrada definitivamente.
, dos Beatles) e precisava dar um tempo. Mas não imaginava que esse tempo seria tão longo. Roqueiro não tinha vez — "todo mundo odiava a gente", conta Zambianchi, que hoje vive de novo uma boa fase.
Excursionando com o Capital Inicial desde o lançamento do Acústico MTV
, disco que já ultrapassou 500 mil cópias, Kiko acaba de acertar um contrato com a Abril Music, a mesma gravadora da banda brasiliense. A última aventura solo ocorreu em 1997, quando o cantor lançou o álbum KZ, um grande fiasco de vendas. Agora tudo promete ser diferente. "Tenho um entrosamento legal com o pessoal da Abril Music. "O Marcos Maynard (presidente da gravadora) é um cara de quem gosto muito e que tem investido em músicos da minha geração (os Titãs assinaram contrato com a gravadora) ", anima-se. Porém, o grande trunfo será mesmo o repertório do novo disco, segundo ele recheado de canções inéditas, bem no estilo pop/rock que consagrou canções como Rolam as Pedras e Choque .
"O surgimento de bandas como Raimundos e Charlie Brown Jr. foi fundamental para o fortalecimento do rock nacional. Tenho orgulho de nunca ter abandonado o meu estilo, apesar de receber propostas para gravar música brega", diz Zambianchi. "Veja um cara com o potencial do Paulo Ricardo. Deixou uma grande banda como o RPM para ficar cantando baba na televisão. Toda vez que o encontro ele toca rock’n’roll no violão. É claro que se arrependeu amargamente de ter virado o cantor brega que é hoje".
Zambianchi tem aproveitado a extensa turnê com o Capital Inicial pelo Brasil para compor algumas canções do novo disco. Aposta no apelo popular da faixa Norte e Sul para repetir o sucesso dos anos 80. "É um rock’n’roll. Gosto muito desta canção, tem alguns toques fortes". Com o escritor Marcelo Rubens Paiva, com quem mora atualmente e que se tornou um parceiro constante (Logo de Cara, a parceria de estréia, foi gravada pelo Ira! em seu último disco, Ao Vivo MTV
), Kiko promete outras boas canções. Ambos trabalharam recentemente com a dançarina Suzana Alves, a Tiazinha – Kiko produziu o CD e Paiva escreveu o roteiro para o programa de televisão. "Ela é uma garota legal", diz um pouco constrangido o autor de Primeiros Erros (Chove) , com a esperança de que a fase difícil seja enterrada definitivamente.