Leci Brandão reúne amigos e canções
Novo álbum da sambista carioca traz vários duetos inéditos, gravados ao vivo após a retomada de sua carreira
Mônica Loureiro
07/12/2001
"Só estou dando lucro para a gravadora..." A cantora e compositora Leci
Brandão brinca ao falar de seu novo CD. Leci Brandão e Convidados (Trama) é um resgate de gravações que ela havia feito em discos de diversos artistas - e que já vendeu 30 mil cópias. "São registros feitos de 98 para cá, que resultaram em 12 faixas. A exceção é a primeira, com Jair Rodrigues, que foi a única gravada em estúdio", detalha Leci. A cantora confessa que não tinha planos de gravar esse ano, e que a idéia desse CD foi mesmo da gravadora. "O Eu Sou Assim 
(último disco da cantora, gravado ao vivo) está rendendo um trabalho muito legal, continua vendendo, mesmo sem uma boa execução nas rádios", garante.
Quem hoje a vê cantando ao lado de Rappin' Hood no clipe Sou Negrão ("Ele fez o convite há uns dois anos e só agora surgiu a chance. Mas não é a primeira vez que eu canto rap-samba!", ressalta), não imagina que Leci já amargou anos de ostracismo. "De 93 a 97, mesmo tendo lançado discos, fiquei totalmente fora da mídia. Considero como meu retorno a participação que fiz ao lado do grupo Sem Compromisso, quando cantamos Felicidade Escondida", lembra.
Isso foi em 98, quando a carioca nascida em Madureira e criada em Vila Isabel mudou-se de vez para São Paulo e logo depois assinou com a Trama. "Esse é meu terceiro CD com a gravadora. Teve o Auto Estima e, ano passado, o Eu Sou Assim" diz. Leci lamenta que sua situação no Rio ainda seja a de abandono. "Minha trajetória tem sido mesmo em São Paulo. Os paulistas gostam das minhas canções e meus shows sempre lotam por aqui.Mesmo assim, fico triste por estar fora da minha cidade natal, mas não culpo o público por isso. O que acontece, na verdade, é que a mídia acaba optando por massificar um determinado produto em detrimento a outro", lamenta.
E continua: "E isso é mais comum do que se imagina. Jorge Aragão, por exemplo, teve esse grande estouro recentemente no Rio, mas nunca deixou de fazer sucesso em São Paulo. Fundo de Quintal e Almir Guineto optaram por morar aqui, Dudu Nobre também diz que se apresenta muito mais por aqui...", cita.
Leci Brandão e Convidados reúne as participações da cantora em shows de Péricles, Reinaldo, Jovelina Pérola Negra, Almir Guineto e dos grupos Sem Compromisso, Art Popular, Sensação, É D +, Os Morenos e Revelação. "Fiz o disco chamando toda essa rapaziada como uma forma de agradecer a quem me ajudou nesse recomeço", fala Leci. "Por isso mesmo é que tem muito mais artistas de São Paulo do que do Rio."
O disco contém gravações feitas para outros projetos, como Tudo Menos Amor (gravada para o ciclo Casa de Samba, da Universal Music, e na qual Leci canta com Péricles, do Exaltasamba) e Teu Cheiro (registrada num show da rádio Transcontinental, junto ao Art Popular). "Foi uma forma de recuperar essas canções, mostrá-las de novo agora que me sinto começando tudo outra vez", fala Leci.
Entre os destaques do disco, Leci gosta de citar duas parcerias feitas com veteranos do samba. "O Show Tem que Continuar foi gravada em 98 em um show em São Paulo, onde cantei ao lado dos grandes pagodeiros Almir e Jovelina - foi a última apresentação dela. Ela foi a maior pagodeira da história do Brasil", lembra. Já os Demônios da Garoa tabelam com a sambista em Apaga o Fogo Mané - de Adoniran Barbosa, claro. "Pude mostrar um lado de intérprete que muitos não conhecem nessa versão. Cantar com os Demônios foi uma das experiências mais emocionantes que vivi", diz Leci.
Com a agenda lotada até o Carnaval, Leci informa que vai fazer duas apresentações no Rio. No dia 21 de dezembro, faz show na Praça das Nações, em Bonsucesso, e no dia 31, participa do Reveillon da Praia de Sepetiba.
(último disco da cantora, gravado ao vivo) está rendendo um trabalho muito legal, continua vendendo, mesmo sem uma boa execução nas rádios", garante.Quem hoje a vê cantando ao lado de Rappin' Hood no clipe Sou Negrão ("Ele fez o convite há uns dois anos e só agora surgiu a chance. Mas não é a primeira vez que eu canto rap-samba!", ressalta), não imagina que Leci já amargou anos de ostracismo. "De 93 a 97, mesmo tendo lançado discos, fiquei totalmente fora da mídia. Considero como meu retorno a participação que fiz ao lado do grupo Sem Compromisso, quando cantamos Felicidade Escondida", lembra.
Isso foi em 98, quando a carioca nascida em Madureira e criada em Vila Isabel mudou-se de vez para São Paulo e logo depois assinou com a Trama. "Esse é meu terceiro CD com a gravadora. Teve o Auto Estima
e, ano passado, o Eu Sou Assim" diz. Leci lamenta que sua situação no Rio ainda seja a de abandono. "Minha trajetória tem sido mesmo em São Paulo. Os paulistas gostam das minhas canções e meus shows sempre lotam por aqui.Mesmo assim, fico triste por estar fora da minha cidade natal, mas não culpo o público por isso. O que acontece, na verdade, é que a mídia acaba optando por massificar um determinado produto em detrimento a outro", lamenta. E continua: "E isso é mais comum do que se imagina. Jorge Aragão, por exemplo, teve esse grande estouro recentemente no Rio, mas nunca deixou de fazer sucesso em São Paulo. Fundo de Quintal e Almir Guineto optaram por morar aqui, Dudu Nobre também diz que se apresenta muito mais por aqui...", cita.
Leci Brandão e Convidados reúne as participações da cantora em shows de Péricles, Reinaldo, Jovelina Pérola Negra, Almir Guineto e dos grupos Sem Compromisso, Art Popular, Sensação, É D +, Os Morenos e Revelação. "Fiz o disco chamando toda essa rapaziada como uma forma de agradecer a quem me ajudou nesse recomeço", fala Leci. "Por isso mesmo é que tem muito mais artistas de São Paulo do que do Rio."
O disco contém gravações feitas para outros projetos, como Tudo Menos Amor (gravada para o ciclo Casa de Samba, da Universal Music, e na qual Leci canta com Péricles, do Exaltasamba) e Teu Cheiro (registrada num show da rádio Transcontinental, junto ao Art Popular). "Foi uma forma de recuperar essas canções, mostrá-las de novo agora que me sinto começando tudo outra vez", fala Leci.
Entre os destaques do disco, Leci gosta de citar duas parcerias feitas com veteranos do samba. "O Show Tem que Continuar foi gravada em 98 em um show em São Paulo, onde cantei ao lado dos grandes pagodeiros Almir e Jovelina - foi a última apresentação dela. Ela foi a maior pagodeira da história do Brasil", lembra. Já os Demônios da Garoa tabelam com a sambista em Apaga o Fogo Mané - de Adoniran Barbosa, claro. "Pude mostrar um lado de intérprete que muitos não conhecem nessa versão. Cantar com os Demônios foi uma das experiências mais emocionantes que vivi", diz Leci.
Com a agenda lotada até o Carnaval, Leci informa que vai fazer duas apresentações no Rio. No dia 21 de dezembro, faz show na Praça das Nações, em Bonsucesso, e no dia 31, participa do Reveillon da Praia de Sepetiba.