Mestre Salustiano festeja 50 anos de carreira
O músico pernambucano, considerado precursor do manguebeat, reuniu nomes de várias gerações em show comemorativo
Bruna Bittencourt (SP)
12/08/2003
Mestre Salustiano, uma das maiores autoridades em Cultura Popular Pernambucana, se apresentou em São Paulo nos dias 29 e 30 de julho. Ao lado de nomes com Selma do Coco, Mestre Salú é um dos grandes responsáveis pela preservação da ciranda, coco, maracatu, caboclinho e outros folguedos da Zona da Mata.
Salustiano chega aos 50 anos de carreira em 2003 – ele começou a tocar com nada menos que sete anos de idade. Considerado um “patrono espiritual” da geração manguebeat, o rabequeiro pernambucano atravessou as décadas fazendo uma síntese de tudo o que há de genuíno na música popular de sua região. Não por acaso, sua música é aclamada por membros de todas as latitudes artísticas do Recife; do tradicionalíssimo Antônio Nóbrega aos modernos da Nação Zumbi. “Eles são as sementes e eu sou a raiz”, já afirmou Mestre Salu sobre seus muitos seguidores e influenciados.
O show, que teve participações de Siba e do núcleo Instituto, fez parte do ciclo “Manual da Rabeca”. Promovido pelo SESC Vila Mariana, o projeto também contou com apresentações de Antônio Nóbrega e Nelson da Rabeca, além de exposições, oficinas e workshops para mostrar toda importância do instrumento - interpretação popular do violino.
Siba, vocalista do Mestre Ambrósio, foi o primeiro a se apresentar. Muito influenciado pela tradição popular pernambucana, o cantor trouxe com a rabeca seus poemas musicados. Recebeu o produtor Beto Villares - responsável por seu álbum solo, Fuloresta do Samba - que o acompanhou tocando violão.
Recém-chegado de uma turnê internacional, Mestre Salustiano seguiu tocando sua rabeca (sentado, devido a idade). Pela primeira vez, em maio e junho, o músico tocou na França e nos EUA, mostrando aos estrangeiros sua peculiar fusão de ritmos. Acompanhado por quatro percussionistas, Mestre Salú concentrou sua apresentação no maracatu.
O Instituto fez a ponte entre a tradição e tecnologia. Ao lado de Eder “O” Rocha (percussionista do Mestre Ambrósio), o coletivo dispensou a formação de banda e inovou trazendo ao palco seus três idealizadores – os produtores Rica Amabis, Tejo Damasceno e Daniel Ganja Man. Mostraram algumas bases do ótimo Coleção Nacional , primeiro álbum do coletivo. Parceiro constante do núcleo, o rapper Kamau do grupo Conseqüência, fez as vezes de repentista urbano.
Mestre Salustiano se juntou a seus convidados para terminar a noite. Mais uma vez, difundiu a cultura pernambucana, missão também herdada pelo manguebeat, que soube preservá-la e rejuvenescê-la, fundindo-a ao rock, hip hop e eletrônica, fazendo com que uma nova geração tomasse contato com a tradição nordestina.
Salustiano chega aos 50 anos de carreira em 2003 – ele começou a tocar com nada menos que sete anos de idade. Considerado um “patrono espiritual” da geração manguebeat, o rabequeiro pernambucano atravessou as décadas fazendo uma síntese de tudo o que há de genuíno na música popular de sua região. Não por acaso, sua música é aclamada por membros de todas as latitudes artísticas do Recife; do tradicionalíssimo Antônio Nóbrega aos modernos da Nação Zumbi. “Eles são as sementes e eu sou a raiz”, já afirmou Mestre Salu sobre seus muitos seguidores e influenciados.
O show, que teve participações de Siba e do núcleo Instituto, fez parte do ciclo “Manual da Rabeca”. Promovido pelo SESC Vila Mariana, o projeto também contou com apresentações de Antônio Nóbrega e Nelson da Rabeca, além de exposições, oficinas e workshops para mostrar toda importância do instrumento - interpretação popular do violino.
Siba, vocalista do Mestre Ambrósio, foi o primeiro a se apresentar. Muito influenciado pela tradição popular pernambucana, o cantor trouxe com a rabeca seus poemas musicados. Recebeu o produtor Beto Villares - responsável por seu álbum solo, Fuloresta do Samba - que o acompanhou tocando violão.
Recém-chegado de uma turnê internacional, Mestre Salustiano seguiu tocando sua rabeca (sentado, devido a idade). Pela primeira vez, em maio e junho, o músico tocou na França e nos EUA, mostrando aos estrangeiros sua peculiar fusão de ritmos. Acompanhado por quatro percussionistas, Mestre Salú concentrou sua apresentação no maracatu.
O Instituto fez a ponte entre a tradição e tecnologia. Ao lado de Eder “O” Rocha (percussionista do Mestre Ambrósio), o coletivo dispensou a formação de banda e inovou trazendo ao palco seus três idealizadores – os produtores Rica Amabis, Tejo Damasceno e Daniel Ganja Man. Mostraram algumas bases do ótimo Coleção Nacional , primeiro álbum do coletivo. Parceiro constante do núcleo, o rapper Kamau do grupo Conseqüência, fez as vezes de repentista urbano.
Mestre Salustiano se juntou a seus convidados para terminar a noite. Mais uma vez, difundiu a cultura pernambucana, missão também herdada pelo manguebeat, que soube preservá-la e rejuvenescê-la, fundindo-a ao rock, hip hop e eletrônica, fazendo com que uma nova geração tomasse contato com a tradição nordestina.