Moraes Moreira: armado de violão e civismo
Em novo álbum, o baiano prega contra o analfabetismo e recebe Arnaldo Antunes como convidado especial
Mônica Loureiro
25/11/2003
Moraes Moreira comemora 34 anos de carreira despido musicalmente - e armado
civicamente. Explica-se: Meu Nome É Brasil, seu novo CD, lançado pela MZA
Music, tem o violão na linha de frente, o que lhe dá uma sonoridade acústica.
"Um disco com banda grande e uma variedade de instrumentos é fácil de ser feito.
Desta forma, é mais difícil. Primeiro, gravei voz e violão, já tendo que
funcionar daí. A qualidade tem que ser garantida, sem truques. Depois entra uma
percussão aqui, umas cordas acolá...", explica Moraes. Menos óbvia é a
preocupação "sociológica" do cantor e compositor baiano, que encerra com o novo
disco uma trilogia de trabalhos que têm o Brasil como tema.
"Em 1979 lancei o Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira e, em 1994, O Brasil Tem Concerto", relembra Moraes. "Isso mostra que a brasilidade sempre tem sido a tônica da minha atuação na música popular", continua o cantor, que meses antes de por Meu Nome É Brasil nas lojas já demonstrava estar antenado com os desvãos da sociedade brasileira. Uma das canções do novo álbum, Indagações de um Analfabeto (Moraes/Zé Valter), foi adotada pelo Ministério da Educação e Cultura como hino oficial da campanha pró-erradicação do analfabetismo. Na letra, Moraes incorpora um popular iletrado e fala que ''a mió coisa que existe no mundo é a inducação''.
"A pessoa começa a saber o que é cidadania ao aprender a ler e escrever", acredita o cantor, que musicou em Indagações um cordel de seu irmão Zé Valter sobre o analfabetismo. Apresentada em primeira mão em agosto passado ao ministro Cristóvam Buarque, a música agradou e foi logo doada à campanha. "Tenho tocado em shows e todo mundo tem aplaudido muito. Várias escolas já pediram a gravação, para ajudar na conscientização da garotada. Sabia que a música renderia um bom hino para a campanha e nunca deixo de mencioná-la, ao me apresentar ao vivo", conta Moraes. A preocupação social e a vontade de colaborar do baiano, no entanto, não são totais e irrestritas. "Agora que temos um presidente mais com a cara do Brasil, acho que é uma boa hora para seguirmos otimistas, como sempre fui. Pensar soluções de forma positiva é o que estamos precisando.
"Em 1979 lancei o Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira e, em 1994, O Brasil Tem Concerto", relembra Moraes. "Isso mostra que a brasilidade sempre tem sido a tônica da minha atuação na música popular", continua o cantor, que meses antes de por Meu Nome É Brasil nas lojas já demonstrava estar antenado com os desvãos da sociedade brasileira. Uma das canções do novo álbum, Indagações de um Analfabeto (Moraes/Zé Valter), foi adotada pelo Ministério da Educação e Cultura como hino oficial da campanha pró-erradicação do analfabetismo. Na letra, Moraes incorpora um popular iletrado e fala que ''a mió coisa que existe no mundo é a inducação''.
"A pessoa começa a saber o que é cidadania ao aprender a ler e escrever", acredita o cantor, que musicou em Indagações um cordel de seu irmão Zé Valter sobre o analfabetismo. Apresentada em primeira mão em agosto passado ao ministro Cristóvam Buarque, a música agradou e foi logo doada à campanha. "Tenho tocado em shows e todo mundo tem aplaudido muito. Várias escolas já pediram a gravação, para ajudar na conscientização da garotada. Sabia que a música renderia um bom hino para a campanha e nunca deixo de mencioná-la, ao me apresentar ao vivo", conta Moraes. A preocupação social e a vontade de colaborar do baiano, no entanto, não são totais e irrestritas. "Agora que temos um presidente mais com a cara do Brasil, acho que é uma boa hora para seguirmos otimistas, como sempre fui. Pensar soluções de forma positiva é o que estamos precisando.
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