Nando Reis faz um <i>songbook</i> de sua própria obra
Baixista dos Titãs lança seu terceiro disco solo, Infernal, com músicas suas que fizeram sucesso com outros intérpretes
Marco Antonio Barbosa
01/03/2002
De todos os membros dos Titãs que se lançaram em vôo solo, Nando Reis certamente foi quem mais alcançou projeção - ironicamente, não por conta própria, mas em interpretações alheias. Canções do baixista dos Titãs viraram sucessos em vozes como a de Marisa Monte e Cássia Eller, além de terem sido gravadas pelo Skank, Jota Quest e Cidade Negra. Nando tenta solucionar este suposto paradoxo lançando seu terceiro disco solo, Infernal (Warner), que compila - afinal em sua própria interpretação - suas músicas celebrizadas por outros cantores.
"Eu tenho uma trajetória pouco comum dentro e fora dos Titãs e, por isso, sempre tive vontade de reunir todo esse meu trabalho, com a intenção de fazer com que as pessoas tenham um maior conhecimento sobre a minha obra, meu jeito de interpretar e, principalmente, minha individualidade. Já criei um público próprio que não necessariamente é o mesmo da banda e quero ampliar isso cada vez mais", explica Nando sobre essa necessidade de se afirmar e compilar sua própria obra. Infernal tem canções como Resposta, Onde Você Mora e A Minha Gratidão É Uma Pessoa. Mas também tem músicas gravadas pelos Titãs, como Marvin, ou canções de seus trabalhos solo (como 12 de Janeiro). "Foi fácil decidir o que iria entrar no disco, porque eram todas músicas que eu vinha tocando ao vivo recentemente", fala Nando.
O nome do álbum não é uma referência ao 2001 cheio de tristezas que Nando passou (com a morte de Marcelo Fromer e de Cássia Eller, dois de seus amigos mais próximos). Na verdade, é uma música dele que Cássia gravou em 1999, no disco Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo
. A cantora foi a maior "porta-voz" das composições de Nando fora dos Titãs. "Tê-la cantando as minhas músicas era como uma mina de ouro que eu tinha", revela Nando. "Fico triste quando penso nas coisas que eu faria com ela daqui para frente - eu iria produzir o próximo trabalho da Cássia." Infernal traz, além da música-título, ECT e O Segundo Sol , todas gravadas também por Cássia.
Infernal é um disco "quase ao vivo". "A turnê do último disco foi feita com essa banda e o resultado foi maravilhoso e por isso senti necessidade de registrar isso em um álbum", fala Nando. "Mas algumas circunstâncias nos levaram a fazer bem menos shows do que pretendíamos. Quis que mais gente pudesse ver aquele show. Por outro lado, não gosto de discos ao vivo e acho que não seria mesmo o momento de fazer um. Então, o que fiz foi reunir a banda nas datas em que os músicos podiam (o disco foi gravado entre dezembro de 2000 e maio de 2001)."
Para reter o punch do palco, o disco foi gravado em esquema ao vivo no estúdio. Os americanos Barret Martin (baterista do R.E.M. e dos Screaming Trees) e Joe Cripps (percussão) se uniram mais uma vez a Felipe Cambraia, no baixo, Carlos Pontual na guitarra e Alex Velley nos teclados, além do próprio Nando no violão. "Fizemos tudo em dois dias, um take para cada música. Nada foi regravado, não repassamos sequer um vocal", conta Nando. O disco ficou arquivado por um bom tempo por causa dos compromissos do compositor com os Titãs e também por seu envolvimento no Acústico MTV de Cássia Eller. "Infernal ficou pronto antes mesmo do Acústico da Cássia, ela ouviu e aprovou", conta Nando. Também por causa dos Titãs, o disco-solo não terá uma turnê promocional.
Da estréia com o álbum 12 de Janeiro para o segundo CD (Para Quando o Arco-íris Encontrar o Pote de Ouro ), Nando deu um intervalo de quase cinco anos. Ele afirma que a partir de agora não quer mais ficar tanto tempo longe de seus projetos pessoais. "Quero preencher com maior regularidade este espaço que, muitas vezes, acontece entre os trabalhos dos Titãs. Tenho material para isso e acho que faz parte do negócio querer que o público o conheça". Nando conta que poderia entrar em estúdio agora e fazer um disco de inéditas. "O que acontece atualmente é somente a falta de tempo, mas até o final do ano devo estar gravando de novo", garante.
"Eu tenho uma trajetória pouco comum dentro e fora dos Titãs e, por isso, sempre tive vontade de reunir todo esse meu trabalho, com a intenção de fazer com que as pessoas tenham um maior conhecimento sobre a minha obra, meu jeito de interpretar e, principalmente, minha individualidade. Já criei um público próprio que não necessariamente é o mesmo da banda e quero ampliar isso cada vez mais", explica Nando sobre essa necessidade de se afirmar e compilar sua própria obra. Infernal tem canções como Resposta, Onde Você Mora e A Minha Gratidão É Uma Pessoa. Mas também tem músicas gravadas pelos Titãs, como Marvin, ou canções de seus trabalhos solo (como 12 de Janeiro). "Foi fácil decidir o que iria entrar no disco, porque eram todas músicas que eu vinha tocando ao vivo recentemente", fala Nando.
O nome do álbum não é uma referência ao 2001 cheio de tristezas que Nando passou (com a morte de Marcelo Fromer e de Cássia Eller, dois de seus amigos mais próximos). Na verdade, é uma música dele que Cássia gravou em 1999, no disco Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo
. A cantora foi a maior "porta-voz" das composições de Nando fora dos Titãs. "Tê-la cantando as minhas músicas era como uma mina de ouro que eu tinha", revela Nando. "Fico triste quando penso nas coisas que eu faria com ela daqui para frente - eu iria produzir o próximo trabalho da Cássia." Infernal traz, além da música-título, ECT e O Segundo Sol , todas gravadas também por Cássia. Infernal é um disco "quase ao vivo". "A turnê do último disco foi feita com essa banda e o resultado foi maravilhoso e por isso senti necessidade de registrar isso em um álbum", fala Nando. "Mas algumas circunstâncias nos levaram a fazer bem menos shows do que pretendíamos. Quis que mais gente pudesse ver aquele show. Por outro lado, não gosto de discos ao vivo e acho que não seria mesmo o momento de fazer um. Então, o que fiz foi reunir a banda nas datas em que os músicos podiam (o disco foi gravado entre dezembro de 2000 e maio de 2001)."
Para reter o punch do palco, o disco foi gravado em esquema ao vivo no estúdio. Os americanos Barret Martin (baterista do R.E.M. e dos Screaming Trees) e Joe Cripps (percussão) se uniram mais uma vez a Felipe Cambraia, no baixo, Carlos Pontual na guitarra e Alex Velley nos teclados, além do próprio Nando no violão. "Fizemos tudo em dois dias, um take para cada música. Nada foi regravado, não repassamos sequer um vocal", conta Nando. O disco ficou arquivado por um bom tempo por causa dos compromissos do compositor com os Titãs e também por seu envolvimento no Acústico MTV de Cássia Eller. "Infernal ficou pronto antes mesmo do Acústico da Cássia, ela ouviu e aprovou", conta Nando. Também por causa dos Titãs, o disco-solo não terá uma turnê promocional.
Da estréia com o álbum 12 de Janeiro
para o segundo CD (Para Quando o Arco-íris Encontrar o Pote de Ouro ), Nando deu um intervalo de quase cinco anos. Ele afirma que a partir de agora não quer mais ficar tanto tempo longe de seus projetos pessoais. "Quero preencher com maior regularidade este espaço que, muitas vezes, acontece entre os trabalhos dos Titãs. Tenho material para isso e acho que faz parte do negócio querer que o público o conheça". Nando conta que poderia entrar em estúdio agora e fazer um disco de inéditas. "O que acontece atualmente é somente a falta de tempo, mas até o final do ano devo estar gravando de novo", garante.