Napster procura o caminho do bem
Com um modelo de negócios que pode ser destruído pelas gravadoras, empresa lança nova versão do software e se posiciona em direção à legalidade
Vicente Tardin
18/05/2000
O Napster não consegue ser feliz. Além de enfrentar os advogados das gravadoras e o baterista do Metallica, vê seu modelo de negócios ameaçado. Por isso tem que agir rápido, o que nem sempre é sinônimo de encontrar a direção certa.
Dias depois de bloquear mais de 300 mil usuários que supostamente trocavam canções do Metallica, obedecendo o Digital Millennium Copyright Act, anuncia agora a atualização de seu programa para trocar músicas.
Além de arquivos MP3, o Napster 2.0 Beta 6 agora dá suporte a arquivo .wma (Windows Media) e dá também ao usuário a opção de ouvir a música antes de terminar o download. Aperfeiçoando outros features do software, a empresa vai tentar posicioná-lo mais como um produto “de comunidade” do que um instrumento de pirataria de música digital.
O recente episódio envolvendo a banda heavy Metallica sinalizou mais uma vez que a posição da Napster é incômoda. Todo mundo ficou mal – a banda porque dividiu os fãs e o Napster porque de fato dá margem à troca de músicas e cópias pirata em alta escala.
Possivelmente o Napster seria uma empresa mais viável se fosse um provedor de acesso, por exemplo, oferecendo serviços de busca e troca de mensagens instantâneas, mas respeitando direitos de autoria. Um passo nesse sentido é que a nova versão facilita a localização de músicas digitais com direitos autorais gratuitos. A tendência, dá para apostar, é o Napster permitir apenas a troca de músicas com direitos autorais liberados
Daí a opção pelo formato do Windows Media, que possui recursos de segurança e apoio das gravadoras BMG, EMI e Sony Music. Vai chegar um dia em que estas gravadoras irão vender músicas pelo Napster ou sucedâneos, quem viver verá.
De qualquer forma, esta tendência à legalização do Napster abre caminho a diversos outros programas similares, que também estão se espalhando. É o ciclo da vida, onde o Napster está prestes a subir uma escala.
Dias depois de bloquear mais de 300 mil usuários que supostamente trocavam canções do Metallica, obedecendo o Digital Millennium Copyright Act, anuncia agora a atualização de seu programa para trocar músicas.
Além de arquivos MP3, o Napster 2.0 Beta 6 agora dá suporte a arquivo .wma (Windows Media) e dá também ao usuário a opção de ouvir a música antes de terminar o download. Aperfeiçoando outros features do software, a empresa vai tentar posicioná-lo mais como um produto “de comunidade” do que um instrumento de pirataria de música digital.
O recente episódio envolvendo a banda heavy Metallica sinalizou mais uma vez que a posição da Napster é incômoda. Todo mundo ficou mal – a banda porque dividiu os fãs e o Napster porque de fato dá margem à troca de músicas e cópias pirata em alta escala.
Possivelmente o Napster seria uma empresa mais viável se fosse um provedor de acesso, por exemplo, oferecendo serviços de busca e troca de mensagens instantâneas, mas respeitando direitos de autoria. Um passo nesse sentido é que a nova versão facilita a localização de músicas digitais com direitos autorais gratuitos. A tendência, dá para apostar, é o Napster permitir apenas a troca de músicas com direitos autorais liberados
Daí a opção pelo formato do Windows Media, que possui recursos de segurança e apoio das gravadoras BMG, EMI e Sony Music. Vai chegar um dia em que estas gravadoras irão vender músicas pelo Napster ou sucedâneos, quem viver verá.
De qualquer forma, esta tendência à legalização do Napster abre caminho a diversos outros programas similares, que também estão se espalhando. É o ciclo da vida, onde o Napster está prestes a subir uma escala.