O <i>auto-plágio</i> de Fagner

Música do mais recente trabalho do cantor é idêntica a outra canção do cearense, lançada em 1987

Mônica Loureiro
21/10/2003
Lançado recentemente pela Indie Records, o disco de Raimundo Fagner & Zeca Baleiro não é totalmente inédito. Pelo menos para os fãs mais atentos de Fagner, que percebem algo familiar logo na primeira audição da segunda faixa. Balada de Agosto, assinada pela dupla, já teve, anteriormente, duas letras diferentes.

De acordo com o cearense, a primeira era uma adaptação de um poema de Cec¡lia Meireles. Como o briga com a fam¡lia da poetisa estava no auge, na época, ele desistiu de gravar. Só que no disco Romance no Deserto, de 87, há a música Paraíso Proibido ("Toda miséria do mundo é ver-te/ Com água na boca"...), assinada por ele e Fausto Nilo, que é a tal segunda letra. Mesmo com os arranjos de Lincoln Olivetti, é fácil perceber que é igualzinha a Balada de Agosto.