O Rappa volta a se apresentar no dia 23

Baterista, que foi baleado e ainda corre risco de ficar paralítico, pede à banda que siga com seus shows. O tecladista Lobato assume as baquetas

Silvio Essinger
16/11/2000
Acabou o impasse em que a banda carioca O Rappa estava desde a quinta-feira da semana passada, quando seu baterista e letrista, Marcelo Yuka, foi baleado ao tentar evitar um assalto no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. A pedido do próprio músico, o grupo voltará aos palcos dia 23, no Fórum de Curitiba (onde se apresenta também no dia seguinte), e aproveita o evento para lançar, com apoio da organização não-governamental FASE, um abaixo-assinado contra a violência, que seguirá com os músicos nos shows e mais tarde será enviado às autoridades. Esta semana começam os ensaios do Rappa, que terá agora na bateria o tecladista Marcelo Lobato. Quem assume as teclas, por sua vez, é o irmão do músico, Marcos Lobato. Nos anos 80, os dois tocaram juntos na banda Robôs Efêmeros (que acompanhava o performático Fausto Fawcett) e no grupo Afrika Gumbe.

Na última terça-feira, Yuka deixou o CTI do Hospital São José, no bairro do Humaitá, e passou para um quarto particular, onde iniciou um programa de fisioterapia. Boletins diários sobre seu estado de saúde estão sendo divulgados no site da banda. O músico foi submetido a quatro cirurgias para a retirada das balas da coluna, do braço e da região torácica e ainda corre o risco de ficar paralítico. A banda fará shows também em Florianópolis (dia 25), Ponta Grossa (26) e Rio de Janeiro (dia 2 de dezembro, no ATL Hall, ao lado do Skank, no projeto Sempre Livre Mix).

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