O renascimento dos Paralamas do Sucesso
Herbert Vianna prova sua plena recuperação em show que o grupo fez ontem (dia 24) e que será televisionado
CliqueMusic
25/09/2002
Demorou exatos 597 dias para que os Paralamas do Sucesso pudessem concretizar seu renascimento - que se deu de forma integral ontem (dia 24), com o primeiro show completo que o trio fez desde o acidente que deixou Herbert Vianna entre a vida e a morte, em fevereiro do ano passado. A ocasião histórica para o rock nacional se deu no Rio de Janeiro, onde Herbert, Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria) se reuniram para gravar um especial para o programa de TV Fantástico (que vai ao ar na TV Globo nos próximos dois domingos, dia 29 de setembro e 6 de outubro).
A bem da verdade, não era realmente o primeiro show dos Paralamas; o grupo já havia se apresentado duas vezes antes, para amigos e a cúpula de sua gravadora EMI. Esta foi a primeira vez, entretanto, que a banda encarou uma platéia aberta (ou quase, já que os cerca de 200 espectadores nos estúdios da Rede Globo foram selecionados entre membros de fãs-clubes da banda). “É uma benção sem tamanho estar aqui, é como renascer”, agradeceu Herbert no começo do show, sentado em sua cadeira de rodas (que ele mesmo pilotou dos bastidores para o palco).
O motivo básico do show era apresentar as músicas de Longo Caminho, o álbum que os Paralamas gravaram este ano e que deve chegar às lojas neste fim de semana. Cinco canções do novo disco (O Calibre, que será a faixa de trabalho, Seguindo Estrelas, Soldado da Paz, Cuide Bem do Seu Amor e a faixa-título) foram tocadas pelo trio. As músicas, todas compostas antes do acidente, têm sabores variados. O Calibre, por exemplo, é pesada, enquanto Seguindo Estrelas e Cuide Bem... seguem a linha baladeira-pop tipicamente herbertiana.
O repertório completo teve 17 canções, e o trio básico foi ajudado pelo curinga Dado Villa-Lobos (em Que País É Essa e Soldado da Paz, esta já gravada pelo Cidade Negra) e pelo habitual reforço de teclados, percussão e metais (um total de cinco músicos). Só sucessos na lista, claro: antigonas como Vital e Sua Moto, Cinema Mudo, Lanterna dos Afogados e Meu Erro, coisas mais recentes como Lourinha Bombril, Uma Brasileira e Ela Disse Adeus e um bis de seis repetições (por força maior das gravações). A pegada do grupo está mais roqueira e pesada, em relação ao som ouvido na excursão do Acústico MTV (o que confirma depoimentos de Bi e Barone sobre uma guinada para um som mais básico, nos ensaios que vêm fazendo com Herbert desde o ano passado).
A recuperação física e mental de Herbert Vianna foi realmente espantosa. O cantor falou muito com o público (prometendo levar a banda para a estrada e lamentando não poder pular com a galera, por exemplo) e teve uma performance vocal e instrumental praticamente idêntica à de antes do acidente. Tropeços eventuais (uma ligeira confusão ao final de Fui Eu e alguns versos trocados na letra de Que País É Este?) não chegaram a obscurecer a incrível volta por cima e a excelente forma do líder dos Paralamas.
Além do especial para a Globo, o cuidado extremo no registro do show (com várias câmeras e gravação de som digital) sugeriram a possibilidade de um DVD ser editado com a íntegra do especial. O canal pago Multishow transmitirá o show inteiro.
A bem da verdade, não era realmente o primeiro show dos Paralamas; o grupo já havia se apresentado duas vezes antes, para amigos e a cúpula de sua gravadora EMI. Esta foi a primeira vez, entretanto, que a banda encarou uma platéia aberta (ou quase, já que os cerca de 200 espectadores nos estúdios da Rede Globo foram selecionados entre membros de fãs-clubes da banda). “É uma benção sem tamanho estar aqui, é como renascer”, agradeceu Herbert no começo do show, sentado em sua cadeira de rodas (que ele mesmo pilotou dos bastidores para o palco).
O motivo básico do show era apresentar as músicas de Longo Caminho, o álbum que os Paralamas gravaram este ano e que deve chegar às lojas neste fim de semana. Cinco canções do novo disco (O Calibre, que será a faixa de trabalho, Seguindo Estrelas, Soldado da Paz, Cuide Bem do Seu Amor e a faixa-título) foram tocadas pelo trio. As músicas, todas compostas antes do acidente, têm sabores variados. O Calibre, por exemplo, é pesada, enquanto Seguindo Estrelas e Cuide Bem... seguem a linha baladeira-pop tipicamente herbertiana.
O repertório completo teve 17 canções, e o trio básico foi ajudado pelo curinga Dado Villa-Lobos (em Que País É Essa e Soldado da Paz, esta já gravada pelo Cidade Negra) e pelo habitual reforço de teclados, percussão e metais (um total de cinco músicos). Só sucessos na lista, claro: antigonas como Vital e Sua Moto, Cinema Mudo, Lanterna dos Afogados e Meu Erro, coisas mais recentes como Lourinha Bombril, Uma Brasileira e Ela Disse Adeus e um bis de seis repetições (por força maior das gravações). A pegada do grupo está mais roqueira e pesada, em relação ao som ouvido na excursão do Acústico MTV (o que confirma depoimentos de Bi e Barone sobre uma guinada para um som mais básico, nos ensaios que vêm fazendo com Herbert desde o ano passado).
A recuperação física e mental de Herbert Vianna foi realmente espantosa. O cantor falou muito com o público (prometendo levar a banda para a estrada e lamentando não poder pular com a galera, por exemplo) e teve uma performance vocal e instrumental praticamente idêntica à de antes do acidente. Tropeços eventuais (uma ligeira confusão ao final de Fui Eu e alguns versos trocados na letra de Que País É Este?) não chegaram a obscurecer a incrível volta por cima e a excelente forma do líder dos Paralamas.
Além do especial para a Globo, o cuidado extremo no registro do show (com várias câmeras e gravação de som digital) sugeriram a possibilidade de um DVD ser editado com a íntegra do especial. O canal pago Multishow transmitirá o show inteiro.