Paulinho da Viola e Velha Guarda da Portela lotam Canecão

Nana Vaz de Castro
10/02/2001

Ontem, no primeiro dia da curta temporada (até domingo) da Velha Guarda da Portela no Canecão, trazendo como convidados o “padrinho” Paulinho da Viola e a bateria nota 10 da Portela, os sucessos e a animação da platéia superaram os problemas de som que ocorreram durante todo o show. Com a casa cheia, a Velha Guarda — tendo à frente Monarco, Casquinha, Argemiro, Jair e as pastoras — entoou algumas músicas do repertório de seu mais recente disco, Tudo Azul, como O Mundo É Assim, e do recém-relançado Doce Recordação, como Cidade Mulher. A entrada de Paulinho, entretanto, deu uma revitalizada significativa no ritmo do show, até então um pouco lento.

Paulinho cantou o primeiro samba que apresentou na quadra da Portela, Recado, parceria com Casquinha, que os dois cantaram juntos, e depois ficou sozinho no palco com seu violão. Interpretou sua parceria com Candeia, Minhas Madrugadas, e ainda Coisas do Mundo, Minha Nega. Em seguida exaltou a antiga amizade entre Cartola e Paulo da Portela, que se desenvolveu na afinidade entre mangueirenses e portelenses até hoje, e cantou Sim e Amor Proibido, de Cartola.

A Velha Guarda voltou ao palco com outra disposição, e cantou ao lado do convidado Com Lealdade e Timoneiro. Outros sucessos se seguiram só com a Velha Guarda, como Nega Danada (Que Mulher), Vivo Isolado do Mundo, Vai Vadiar e Quitandeiro, levantando a platéia. O encerramento, com Paulinho da Viola de volta ao palco, foi com Lenço, Foi um Rio que Passou em Minha Vida e Esta Melodia.

Quando tudo parecia encerrado, entraram no palco 15 integrantes da bateria da Portela, fazendo um show de batucada a que se seguiu uma série de sambas-enredos, inclusive o deste ano, Querer É Poder.