Paulo Ricardo: mais romântico do que nunca
Silvio Essinger
14/12/2000
Vocalista do finado RPM, Paulo Ricardo se envolve cada vez mais com a música romântica no seu mais novo disco solo, Paulo Ricardo (leia crítica). A parceria com Michael Sullivan (que, com Paulo Massadas, fez nos anos 80 alguns dos maiores sucessos de Tim Maia, Xuxa, Gal Costa, Fagner, Roupa Nova, entre outros), iniciada em 96 com a música Dois, agora é mais constante do que nunca: os dois assinam nada menos que 11 das 13 faixas do CD. "Eu nunca vi ninguém ter tanta facilidade para compor quanto o Michael", diz Paulo. "Temos uma formação parecida: Beatles, Stones, Pink Floyd, Motown... Mas ele traz a informação de MPB que eu não tinha."
O cantor lança seu disco com show nesta sexta-feira, dia 15, no Olimpo (RJ). Músicas do RPM, como Olhar 43, Rádio Pirata (gravada recentemente pelos Engenheiros do Hawaii, com uma força sua no vocal) e A Cruz e a Espada não ficarão de fora do repertório. "Elas caem bem nos momentos de explosão e euforia", conta. Por falar nisso, o guitarrista do RPM, Fernando Deluqui, acaba de lançar seu LP solo , também homônimo como o do vocalista, só que mais roqueiro. Em termos musicais, Paulo hoje está muito mais próximo do Roberto Carlos do começo dos anos 70 do que dos tempos ruidosos da sua antiga banda. "Quando penso em compor algo que vá pelo lado romântico, é inevitável que eu ressuscite esse tipo de lembrança", diz. Como todos os fãs, o cantor aguarda com expectativa o fim do sofrimento de Roberto pela morte da mulher, no ano passado. "Não acredito que ele vá conseguir deixar os palcos e os estúdios. Ele tem que seguir cantando a sua verdade e exorcizar os seus fantasmas."
Em março, Paulo Ricardo retorna às suas investidas no mercado latino. "Isso é o futuro, o espanhol é a segunda língua mais falada nos Estados Unidos", alerta, chamando a atenção para o êxito do guitarrista Carlos Santana no mundo inteiro este ano com o disco Supernatural. "Foi talvez a maior obra da explosão desse pop latino, deu consistência à invasão de Ricky Martin, Jennifer Lopez e Marc Anthony. Queria agora ver a música brasileira ocupando esse espaço", torce.
O cantor lança seu disco com show nesta sexta-feira, dia 15, no Olimpo (RJ). Músicas do RPM, como Olhar 43, Rádio Pirata (gravada recentemente pelos Engenheiros do Hawaii, com uma força sua no vocal) e A Cruz e a Espada não ficarão de fora do repertório. "Elas caem bem nos momentos de explosão e euforia", conta. Por falar nisso, o guitarrista do RPM, Fernando Deluqui, acaba de lançar seu LP solo , também homônimo como o do vocalista, só que mais roqueiro. Em termos musicais, Paulo hoje está muito mais próximo do Roberto Carlos do começo dos anos 70 do que dos tempos ruidosos da sua antiga banda. "Quando penso em compor algo que vá pelo lado romântico, é inevitável que eu ressuscite esse tipo de lembrança", diz. Como todos os fãs, o cantor aguarda com expectativa o fim do sofrimento de Roberto pela morte da mulher, no ano passado. "Não acredito que ele vá conseguir deixar os palcos e os estúdios. Ele tem que seguir cantando a sua verdade e exorcizar os seus fantasmas."
Em março, Paulo Ricardo retorna às suas investidas no mercado latino. "Isso é o futuro, o espanhol é a segunda língua mais falada nos Estados Unidos", alerta, chamando a atenção para o êxito do guitarrista Carlos Santana no mundo inteiro este ano com o disco Supernatural. "Foi talvez a maior obra da explosão desse pop latino, deu consistência à invasão de Ricky Martin, Jennifer Lopez e Marc Anthony. Queria agora ver a música brasileira ocupando esse espaço", torce.