Pearl Jam lança 25 CDs 'piratas' oficiais

Banda de rock combate gravações clandestinas e lança 25 CDs contendo shows realizados na Europa. Com o tempo a expressão ‘pirata’ ganhou novas conotações.

Vicente Tardin
13/09/2000
Considerando que a gravação clandestina de shows e sua transformação em CDs de qualidade inferior é uma realidade em shows de bandas famosas de rock, o Pearl Jam achou melhor registrar em 25 CDs os shows da sua temporada européia de 2000, cobrindo várias cidades.

No passado a expressão disco pirata – ou bootleg, em inglês – servia para designar shows de artistas famosos gravados de qualquer maneira (alguns até razoavelmente, para alegria dos fãs) e depois transformados em vinil para serem vendidos entre os aficionados. Não era propriamente um negócio muito lucrativo devido ao número relativamente pequeno de cópias prensadas. Bandas como Rolling Stones e The Who e artistas como Bob Dylan tiveram vários discos piratas prensados. Estes discos existiam porque nunca seriam lançados comercialmente.

A passagem para o CD, e a conseqüente facilidade maior de copiar discos, transformou a expressão disco pirata em um negócio escuso de grandes proporções envolvendo o eixo China-Paraguai que hoje inferniza as gravadoras. Vinte por cento dos CDs vendidos no mundo e 35 por cento dos vendidos no Brasil seriam piratas nesta concepção.

A mesma expressão agora se aplica a arquivos de música do catálogo das grandes gravadoras copiados sem autorização e distribuídos pela internet.

Os discos do Pearl Jam foram gravados profissionalmente e serão lançados simultaneamente no final de setembro em todo o mundo, informou a Sony.

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