Raul Di Blasio: o mais novo pianista brasileiro
Silvio Essinger
27/10/2000
Pianista argentino de formação erudita e estilo pop, próximo do muzak, Raul Di Blasio definitivamente se encantou pelo Brasil. Mal acabou de lançar o disco Brasileirinho 
(BMG), só com clássicos da MPB, ele já pensa em fazer um outro CD dedicado à nossa música. "Andei falando com José Milton (produtor de Brasileirinho) e senti vontade de começar outro disco brasileiro. Agora sei um pouquinho sobre a música de vocês", conta. Especializado no repertório latinoamericano (em 1998, lançou um disco só com canções mexicanas), Di Blasio revela que a sugestão da gravadora para que José Milton fosse o produtor do CD acabou sendo mais do que acertada. O brasileiro arregimentou para o projeto arranjadores do nível de Dori Caymmi (para faixas como Na Baixa do Sapateiro, Eu Sei Que Vou Te Amar e Carinhoso), Cristóvão Bastos (Pedacinhos do Céu, Samba em Prelúdio), Lincoln Olivetti (Brasileirinho) e Chiquinho de Moraes (O Trenzinho do Caipira), além de alguns dos melhores músicos de estúdio do país e duas das nossas maiores cantoras: Nana Caymmi (para Eu Sei Que Vou Te Amar) e Elba Ramalho (Asa Branca). O argentino resume a experiência das gravações: "Foi como haver passado um mês e meio na universidade." Considerando-se ainda um aprendiz ("Para tocar música brasileira tem que vir aqui, escutá-la e se deixar levar", recomenda), o pianista conta que daqui para a frente não vai parar de estudar a MPB: "Da próxima vez, quero vir como um músico brasileiro."
(BMG), só com clássicos da MPB, ele já pensa em fazer um outro CD dedicado à nossa música. "Andei falando com José Milton (produtor de Brasileirinho) e senti vontade de começar outro disco brasileiro. Agora sei um pouquinho sobre a música de vocês", conta. Especializado no repertório latinoamericano (em 1998, lançou um disco só com canções mexicanas), Di Blasio revela que a sugestão da gravadora para que José Milton fosse o produtor do CD acabou sendo mais do que acertada. O brasileiro arregimentou para o projeto arranjadores do nível de Dori Caymmi (para faixas como Na Baixa do Sapateiro, Eu Sei Que Vou Te Amar e Carinhoso), Cristóvão Bastos (Pedacinhos do Céu, Samba em Prelúdio), Lincoln Olivetti (Brasileirinho) e Chiquinho de Moraes (O Trenzinho do Caipira), além de alguns dos melhores músicos de estúdio do país e duas das nossas maiores cantoras: Nana Caymmi (para Eu Sei Que Vou Te Amar) e Elba Ramalho (Asa Branca). O argentino resume a experiência das gravações: "Foi como haver passado um mês e meio na universidade." Considerando-se ainda um aprendiz ("Para tocar música brasileira tem que vir aqui, escutá-la e se deixar levar", recomenda), o pianista conta que daqui para a frente não vai parar de estudar a MPB: "Da próxima vez, quero vir como um músico brasileiro."