RealNetworks quer ser a TV da internet
Fabricante de software lança serviço pago por assinatura que transmite música e filmes sob demanda
Vicente Tardin
16/08/2000
A RealNetworks lançou esta semana um serviço que oferece música e vídeo pela internet, mediante uma mensalidade.
Através deste novo serviço o assinante pode assistir por enquanto a shows sob demanda da House of Blues (Yes, Ziggy Marley), documentários produzidos pela ABCNews.com, vídeos domésticos sobre discos voadores da UFO TV e material da Sports Illustrated mostrando trajes de banho.
Para ter acesso ao serviço, o usuário deve adquirir por US$ 29,99 o software RealPlayer Plus, que proporciona vídeo em tela cheia em conexões de banda larga e acesso a milhares de estações de rádio pela internet. Quinhentas mil pessoas já teriam adquirido esta versão especial do RealPlayer (uma versão mais simples é gratuita). Além da despesa com o programa, a assinatura custa US$ 9,95 por mês.
O novo pacote de assinatura substitui um anterior, que cobrava US$ 19,95 por ano em troca de upgrades de software e suporte técnico. Segundo a empresa, a maioria dos que compram o RealPlayer Plus também concordam em pagar a taxa anual e receber atualizações de software e suporte.
A iniciativa reforça a posição da RealNetworks como um concorrente no mercado de streaming por assinatura, modelo para a distribuição de música que, espera-se, deverá conquistar cada vez mais público. Além de música, o streaming serve filmes, clips, entrevistas, documentários, games e desenhos animados. Uma espécie de televisão, com imagem pior e escolha maior, digamos assim.
Olhando por este lado, a RealNetworks se posiciona quase como uma operadora de TV a cabo, distribuindo seu próprio conteúdo e de terceiros. Até agora era uma empresa pioneira na transmissão de áudio e vídeo pela internet, focada na produção e desenvolvimento de software.
Historicamente, a RealNetworks distribui seu player de graça, cobra por uma versão mais completa do mesmo produto e lucra principalmente vendendo software servidor para empresas de mídia. Com o crescimento da base de usuários em conexões rápidas, a empresa pode encontrar na sua base instalada uma oportunidade de receita.
Bastante provavelmente esta ampliação de foco tem a ver com a pressão da Microsoft, com seu Windows Media Player e servidores gratuitos. Por conta da concorrência dura de encarar, a RealNetworks precisa abrir novas fontes de receita. Na verdade, transformar-se em uma TV por assinatura da internet não deixa de ser uma seqüência do RealPlayer, produto que transmite áudio e vídeo desde os primórdios – hoje melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje.
O modelo de assinatura está sendo adotado por sites importantes de música e entretenimento, como MP3.com e Emusic. A vantagem da RealNetworks, que está avaliada em US$ 6,9 bilhões, é a sua grande base instalada. Segundo a empresa, 27 milhões de pessoas usaram o RealPlayer em julho.
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Para ter acesso ao serviço, o usuário deve adquirir por US$ 29,99 o software RealPlayer Plus, que proporciona vídeo em tela cheia em conexões de banda larga e acesso a milhares de estações de rádio pela internet. Quinhentas mil pessoas já teriam adquirido esta versão especial do RealPlayer (uma versão mais simples é gratuita). Além da despesa com o programa, a assinatura custa US$ 9,95 por mês.
O novo pacote de assinatura substitui um anterior, que cobrava US$ 19,95 por ano em troca de upgrades de software e suporte técnico. Segundo a empresa, a maioria dos que compram o RealPlayer Plus também concordam em pagar a taxa anual e receber atualizações de software e suporte.
A iniciativa reforça a posição da RealNetworks como um concorrente no mercado de streaming por assinatura, modelo para a distribuição de música que, espera-se, deverá conquistar cada vez mais público. Além de música, o streaming serve filmes, clips, entrevistas, documentários, games e desenhos animados. Uma espécie de televisão, com imagem pior e escolha maior, digamos assim.
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