Rock in Rio: Arnaldo Antunes faz rock-cabeça performático
Rodrigo Faour
12/01/2001
CIDADE DO ROCK, 2h10 — Arnaldo Antunes entrou na Tenda Brasil 1h30 e desfiou 8 números de seu pop-rock-cabeça. Irreverente, vestia um modelito que o fazia parecer estar envolto em papéis rasgados. Para completar o clima, legendas eletrônicas com alguns de seus poemas perpassavam o palco. Era a senha para seu lado performático aparecer. Pena que a poesia — o forte de suas canções — não possa ter sido compreendida perfeitamente, haja visto o tumulto inerente a um evento dessa proporção. Depois de abrir o show com Música para Ouvir, entoou E Estamos Conversados e pulou no meio do público, como fizera Jair Rodrigues uma hora e meia antes. O público passou o show buscando entender seu repertório um tanto difícil, pois é mais difundido no circuito cult que no mainstream. Talvez se Antunes lançasse mão de seus antigos sucessos à frente do Titãs tivesse obtido melhor repercussão. Mesmo assim a platéia foi simpática e acompanhou canções pouco conhecidas como Cinzas, Fim do Dia, Judiaria, Inclassificáveis, até o final com Fora de Si.