Rock in Rio: Kid Abelha faz o trivial

Rodrigo Faour
20/01/2001
CIDADE DO ROCK, 22h10 - "Obrigada por esses 18 anos". Assim Paula Toller fechou a apresentação do Kid Abelha hoje no Rock in Rio. No ano em que o grupo completa sua maioridade, o que ele mostrou no Palco Mundo foi exatamente sua vocação adolescente. Seu pop romântico descompromissado, uma espécie de iê iê iê contemporâneo, serviu para a platéia testar sua memória radiofônica e recordar-se de um bando de hits de melodia chiclete que inundaram as rádios nesses últimos... 18 anos! No Meio da Rua, Alice, Como Eu Quero, Lágrimas e Chuva, Fixação e algumas mais recentes como Te Amo pra Sempre ou as releituras de Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda (Hyldon) ou Pare o Casamento (sucesso jovem-guardista de Wanderléa). Isso, é claro, sem contar o grand finale com a indefectível Pintura Íntima. O público reagiu bem, ainda que sem histeria.

As únicas novidades do show ficaram por conta de um improviso em cima do funk carioca do Furacão 2000, Tapinha ("um tapinha não dói, um tapinha não dói...") antes de entoarem Fixação e de uma puxada de coro flamenguista ao final quando o grupo exibiu uma camisa do time carioca. No mais, foi um show apenas correto. Talvez o público também não esperasse nada além disso. Teve até, de lambuja, uma espécie de minissaia cintilante que revelava com generosidade as formas de La Toller.