Rock in Rio: Max de Castro conquista platéia carioca

Tom Cardoso
20/01/2001
CIDADE DO ROCK, 21h15 — Max de Castro já tinha feito alguns shows no Rio de Janeiro, mas sua estréia para valer era mesmo hoje, na Tenda Brasil. A expectativa era grande para saber se o compositor sairia tão bem no palco quanto no estúdio, quando produziu Samba Raro, álbum que seduziu a crítica especializada e músicos como Ed Motta e Lobão. Max não tem o mesmo carisma e presença de palco do irmão Wilson Simoninha, mas esforçou-se para cativar a platéia carioca. Cantou o hino do Flamengo e até ensaiou alguns passos do funk Cerol na Mão, da Furacão 2000, mas logo percebeu que tinha mesmo é que fazer o seu show. E que show.

Assim como Simoninha e Paulinho Moska, que hoje passaram pelo mesmo palco, Max fez uma homenagem a Jorge Ben Jor, tocando Que Maravilha e Mas que Nada, com arranjos bem diferentes dos originais. De seu repertório, incluiu as ótimas Samba Raro e Pra Você Lembar, provando que é um compositor de mão-cheia. Ao perceber que o jornalista e escritor Nelson Motta, um dos grandes incentivadores de seu trabalho, acompanhava o show na primeira fila, Max ensaiou um coro de "Ei, ei ei, Nelson Motta é o nosso rei". Não pegou. No fim, o compositor fez uma oportuna homenagem ao baterista Marcelo Yuka, do Rappa (que em novembro passado foi baleado ao tentar evitar um assalto, justamente quando se encaminhava para um show de Max) cantando Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero), o grande sucesso da banda.