Rock in Rio: O pop não poupa os Engenheiros do Hawaii
Rodrigo Faour
20/01/2001
CIDADE DO ROCK, 19h - No penúltimo dia do Rock in Rio, os Engenheiros do Hawaii abriram as atividades no Palco Mundo com um show um tanto inososso. Havia uma pequena aglomeração na frente - com certeza, apenas fãs aficcionados da banda! O líder Humberto Gessinger e sua trupe não conseguiram em sua apresentação chegar aos pés dos seus contemporâneos que já passaram pelo festival, como as bandas Ultraje a Rigor, Ira! e Barão Vermelho. Mesmo os hits dos Engenheiros, como Infinita Highway, o cover de Era um Garoto que como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones e O Papa É Pop pareciam ter sidos tocados com apatia. O show não teve ápice, o som não estava bom, houve diversas quebras de clima, o vocalista às vezes sussurrava e não se entendia o que ele dizia e os arranjos novos para velhos sucessos do grupo não empolgaram o público. De quebra, o cantor Paulo Ricardo fez uma participação na versão de Rádio Pirata, sucesso de sua antiga banda, o RPM.
Talvez o melhor momento do espetáculo tenha sido Toda Forma de Poder com a participação do acordeonista Renato Borghetti, totalmente diferente da versão original. Mas que também não funcionou, devido ao formato demasiadamente cool, incapaz de empolgar jovens ávidos por pular e cantar no andamento original músicas que eles já conhecem bem. Parafraseando a canção que fechou o show, O Papa É Pop, "O pop não poupa ninguém". Nem o público. Felizmente, foi apenas uma hora de sacrifício.
Talvez o melhor momento do espetáculo tenha sido Toda Forma de Poder com a participação do acordeonista Renato Borghetti, totalmente diferente da versão original. Mas que também não funcionou, devido ao formato demasiadamente cool, incapaz de empolgar jovens ávidos por pular e cantar no andamento original músicas que eles já conhecem bem. Parafraseando a canção que fechou o show, O Papa É Pop, "O pop não poupa ninguém". Nem o público. Felizmente, foi apenas uma hora de sacrifício.