Rodolfo dos Raimundos abre o verbo
Em uma entrevista ao site do fã-clube, vocalista afirma que não vai virar cantor gospel
Marco Antonio Barbosa
19/06/2001
Rodolfo Abrantes, ex-vocalista dos Raimundos - banda que decretou seu fim com sua saída - finalmente se manifestou em relação ao final do bem-sucedido grupo, anunciado na última semana. Em uma entrevista ao site do fã-clube oficial do grupo (www.raimundoswfc.com), o cantor diz que seu descontentamento com os rumos da banda não teve nada a ver com sua conversão à Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra - e credita parte da responsabilidade sobre o fim do grupo às pressões da gravadora Warner.
"A gravadora queria que nossas letras fossem sempre engraçadas. Eu não tenho nada contra as gravadoras, quando eu tiver o meu trabalho eu vou procurar a que tiver a melhor opção, vou lá no meu contrato e falo 'eu não faço isso e isso'", afirma Rodolfo na entrevista. "A pressão vinha do nome Raimundos. Fizemos isso com letras como Baile Funky
e Wipe Out
e vejam o que aconteceu. O grupo caiu de produção, passamos a fazer menos shows, menos discos, menos músicas de trabalho. Eu não quero mais ser pressionado a fazer letras engraçadas ou divertidas", completa o cantor.
Apesar de afirmar que "Não tenho vergonha de dizer que Jesus me salvou", Rodolfo avisa: "Não pensem que eu vou cantar louvando ao Senhor, ser cantor gospel. Não é isso. A minha religião nada tem a ver com a minha decisão, o meu descontentamento já vinha de anos. Eu tinha vergonha era quando lia as minhas entrevistas, quando ouvia a minha música no rádio. Raimundos era para ser uma banda contra o sistema, hardcore. Não para falar besteira, para ser igual letra de funk e só mudar o ritmo."
"A gravadora queria que nossas letras fossem sempre engraçadas. Eu não tenho nada contra as gravadoras, quando eu tiver o meu trabalho eu vou procurar a que tiver a melhor opção, vou lá no meu contrato e falo 'eu não faço isso e isso'", afirma Rodolfo na entrevista. "A pressão vinha do nome Raimundos. Fizemos isso com letras como Baile Funky
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Apesar de afirmar que "Não tenho vergonha de dizer que Jesus me salvou", Rodolfo avisa: "Não pensem que eu vou cantar louvando ao Senhor, ser cantor gospel. Não é isso. A minha religião nada tem a ver com a minha decisão, o meu descontentamento já vinha de anos. Eu tinha vergonha era quando lia as minhas entrevistas, quando ouvia a minha música no rádio. Raimundos era para ser uma banda contra o sistema, hardcore. Não para falar besteira, para ser igual letra de funk e só mudar o ritmo."