Sandra de Sá esquenta o Rock in Rio

Diva do funk carioca reúne o primeiro grande público do festival

Rodrigo Faour
12/01/2001
CIDADE DO ROCK, 18h50 — Por volta das 17h20 começou o show de Sandra de Sá na Tenda Brasil do Rock in Rio. Ela foi a primeira atração do festival a reunir um grande público, que foi conferir a tenda dedicada à música nacional. O show durou cerca de 40 minutos. Por enquanto, o clima na Cidade do Rock é ameno — o calor não está castigando muito, não houve tumulto no trânsito ou na entrada do evento, e o público que está chegando aos poucos ainda não cometeu excessos.

Os únicos poréns com relação aos show da Tenda Brasil são o palco — muito baixo, deveria ser uns dois metros mais alto — e a extensão da tenda em si, que poderia ser maior, dado o número de interessados em assistir aos artistas nacionais. Seria também interessante que os shows de MPB começassem apenas a partir das 17h (pois os quatro shows anteriores tiveram pouco público) e ao invés de escalar muitos artistas, a produção deveria pensar em poucos, com shows maiores. Sandra, por exemplo, cantou apenas oito números, e quando seu show começou a esquentar ela foi forçada a despedir-se do público.

A diva do funk carioca abriu seu show com Sozinha (Peninha), seguiu com Blues da Piedade (Frejat/ Cazuza), uma das mais aplaudidas, depois saudou a "nação rubro-negra" e recebeu da platéia uma camisa do Flamengo. Seguiu com uma versão de Fame (hit do filme homônimo) e chamou Zé Ricardo para cantarem juntos Dançando com a Vida, parceria dos dois mais Gabriel o Pensador e Aninha. Para finalizar, grandes funks de seu repertório e de seu muso inspirador Tim Maia: Sossego, Olhos Coloridos, Do Leme ao Pontal e Joga Fora.

Antes do último número, Sandra disse ao público: "Eu não resisto", e tratou de entoar o hino do Flamengo. Felizmente a maioria dos presentes era flamenguista e Sandra evitou levar uma chuva de ovos e tomates.

Por enquanto a paz está reinando.